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sábado, 28 de julho de 2012

Ética Histórica Restauradora


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                                                        Ética Histórica Restauradora


 

                                  Imagino que toda a aventura histórica vilaboense, da Cidade de Goiás, antiga capital do Estado do mesmo nome, resplandeceu com os auspícios da sólida Serra Dourada a qual com o seu brilho áureo no horizonte como se fosse uma barra imensa de ouro, como se fosse um imã poderoso, começou a atrair para os seus domínios homens corajosos em busca de riquezas.  



                                  Era o maciço da Serra Dourada fazendo mágicas no horizonte. Até que a  mágica deu certo e a história conta que na data de 3 de julho de 1722 a Bandeira de Bartolomeu Bueno partiu de São Paulo. Não foi uma jornada fácil e nem romântica, como muitos pensam. A morte retumbante estava sempre à espreita dizimando corpos ávidos por ouro. Muitos morreram de fome, doenças e por outros percalços para poucos chegarem bem perto daqui, nas cabeceiras plácidas do Rio Vermelho.



                                  Não é bom esquecermos nunca que os que sobreviveram tiveram que comer macacos, cavalos e, como não poderia deixar de ser em todas as crises humanas, sobrou, como sempre, para os desvalidos cachorros este desespero famélico. Quem nos contou estas desditas foi o Alferes Braga que acabou desistindo e desertando da difícil e perigosa Bandeira de Bartolomeu.



                                  Bartolomeu Bueno da Silva, homem cego de um olho, talvez por isso levasse o apelido de Anhanguera que significa Diabo Velho na língua indígena; era um sertanista experiente e obstinado, estava disposto a morrer se a volta fosse com o fracasso nas costas.



                                                         O nosso herói que não temia a própria morte sobreviveu. Logo que chegou aqui criou um acampamento que passou a se chamar Arraial de Santana para extrair o ouro encontrado. O sonho dourado ficou sólido, a adrenalina arrefeceu.  Do arraial surgiu a mais bela cidade da terra, ou seja, Vila Boa no ano de 1736. Nesta época já prestavam serviços aqui mais de 10.000 escravos.



                                  Por ordem real todos os braços disponíveis naquela época deveriam ser empregados na extração do ouro, isto explica o pouco desenvolvimento da lavoura e da pecuária no início do povoamento, tudo era um sonho dourado.



                                  Em 1749 chegou a Vila Boa o primeiro Governador e Capitão General, Dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, e o território goiano passou a denominar-se Capitania de Goiás.



                                  Por duzentos anos Vila Boa resplandeceu como a capital do território goiano. É interessante caracterizarmos que Vila Boa foi o primeiro núcleo urbano a oeste da Linha de Tordesilhas. Concluímos então que a cidade de Goiás iniciou a expansão para o oeste em terras espanholas. Na época o oeste da Linha de Tordesilhas pertencia a Espanha e o leste a Portugal. Destarte, a Cidade de Goiás foi fundamental para a ocupação do chamado Brasil Central.



                                  Em 1937 ocorreu outro grande fato histórico, a mudança definitiva da capital para Goiânia. Em 15 de novembro de 2001 a nossa urbe foi reconhecida como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Só que a cidade Bartolomeu Bueno não tem tido muita sorte e na data de 31 de dezembro de 2001 veio a grande enchente danificando cerca de 80 imóveis. Todos ficaram perplexos com o caiporismo vilaboense.



                                  Este resumo histórico é interessante para fazermos uma outra reflexão, uma ponderação importante, ou seja, sobre a chamada ética histórica restauradora. O que é isso? Significa que um determinado povo ou cidade, vítima de uma grande injustiça histórica merece por lei ou uma ação uma reparação pontual. Essa Lei inicialmente deveria ser estadual e depois trabalhada a nível constitucional.  Ética é um ramo da filosofia que estuda o correto agir, em palavras simples. A tese se aplica como uma luva na Cidade de Goiás, a grande injustiçada que está eternamente deitada no nosso berço esplêndido sem nenhum grito retumbante. Falta a clava forte, a consciência histórica reparadora.



                                 Como vimos, Vila Boa é filha da luta da vida contra a morte, da carne de cachorro servida em desespero famélico, do trabalho escravo, da auri sacra fames, isto é, da sagrada fome de ouro; muita riqueza foi levada e pouco ficou, é a cidade, por excelência, mais injustiçada do Estado de Goiás e, talvez, do Brasil.



                                  Goiânia é capital, com méritos, contudo, por menos de um século, Vila Boa foi por dois. Não foi de bom alvitre a transferência da Cidade sem nenhum planejamento estratégico e sem compensações. Perguntamos: se compartilhamos de algo seminal por duzentos anos, em dado momento histórico podemos dizer simplesmente, não dá mais! A transferência da capital foi alvissareira para Goiânia e traumática para a Cidade de Goiás.



                                   Se despedimos um empregado damos aviso prévio, pagamos indenização e até pedimos desculpa, além de ficarmos constrangidos pelo desemprego que causamos. Não houve aviso prévio para o antigo Arraial de Santana. É uma cidade sem aviso prévio e sem indenização. Foi deixada eternamente ao deus-dará, no berço esplêndido.



                                   Ao lado disso, houve crimes de abandono material e espiritual na transferência, tudo foi levado e transferido com desenvoltura e testemunhado por um céu azul e profundo. Não podemos esquecer que o Rio Vermelho foi roubado e vilipendiado, o primeiro crime histórico perpetrado.



                                  Não se diz o poderoso Não, sem maiores explicações. Já dediquei em uma festa uma música dos Pet Shop Boys à Cidade de Goiás chamada It’s a sin que significa em inglês é um pecado. Deverasmente, a Cidade de Goiás é um pecado, um grande pecado histórico. Muitos continuam extraindo o filão de ouro abstrato da Cidade de Goiás: prestígio com obras baratas, votos e outros benefícios. Depois, se despedem como beija-flores da bela flor do cerrado, com um leve adeusinho, retornando para o conforto de lugares mais desenvolvidos contemplados com grandes obras.



                                  Todos os braços disponíveis, como dizia o rei, deveriam de levantar do berço esplêndido, se unirem para uma causa maior, pelo verdadeiro amor por Vila Boa, pela luta legal para que a cidade seja indenizada com recursos fartos e obras maravilhosas. Todos nós sabemos que merecemos isso uma vez que os serviços históricos prestados foram imensos. O orçamento municipal é ridículo tendo em conta o valor histórico da cidade e os seus problemas. A vocação da cidade é para o turismo. Nem um centro de convenção temos.



                                  Muitos que aqui chegam deveriam de conhecer a periferia da cidade e ver o desespero dos excluídos, sentir a falta de emprego e ouvir o desânimo. Hoje podemos dizer que existem duas cidades, uma histórica, até razoável e outra periférica, em verdadeira decadência econômica. A cidade histórica não pode camuflar a periferia como se estivesse tudo bem.



                                  O meu texto é uma tese, um manifesto, como dissemos, onde ponderamos que a nossa cidade foi injustiçada pelos fatos históricos e deve ser indenizada pelos danos materiais e morais suportados. A cidade, uma das mais antigas do Brasil, sem embargo de ter progredido, ficou com as sobras, com as migalhas da riqueza do Brasil e do Estado de Goiás. Basta olharmos a riqueza de outras cidades como Jataí, a princesinha do sudoeste goiano, onde fui Juiz por quase oito anos.



                                                           Não podemos ficar só com uma venenosa divisão política, disputando cada centímetro do pouco que ficou. Reconheço que o conflito é bem-vindo, contudo, o momento é de união, com o engajamento de todos os braços disponíveis, não só aqui, no palco dos pés da Serra Dourada, mas também com esforços junto ao governo estadual o governo federal. É necessário um esplêndido e retumbante movimento. Sempre acreditei que os políticos são sábios, eles tem a noção que é dividindo que conseguimos somar com facilidade e ficamos verdadeiramente mais fortes, algo como aquele ditado que uma andorinha só não faz verão. União para que? União para recebermos a indenização do Brasil e do Estado de Goiás pelos danos sofridos que são imprescritíveis. Uma característica do pensamento da ética histórica restauradora é a sua imprescritibilidade. A indenização material e moral, com juros e correção monetária, chega pelos meus cálculos iniciais, em bilhões e bilhões de dólares. A destemida OAB deveria de ajuizar a ação. Como Juiz daria a liminar raspando, com desenvoltura, as algibeiras do governo federal e estadual.



                                  Nesta ação indenizatória, a causa petendi, a causa de pedir da ação indenizatória é justa, justíssima. Existe uma dívida histórica com esta cidade que nunca foi paga. Todos os braços disponíveis estão sendo enganados com as sobras, com as migalhas.  



                                          Nesta luta heróica e reparadora que todos deveriam encampar temos duas armas poderosíssimas, dois valores abstratos inestimáveis. Valores abstratos são aquilo que não vemos, mas sabemos que existem e por muitas vezes tem valor até superior ao que vemos e tocamos. O primeiro é a cidade de Bartolomeu Bueno ter sido capital por dois séculos e largada como mulher cheia de filhos pelo marido, o segundo é o reconhecimento como Patrimônio Histórico da Humanidade. São duas armas nucleares. São armas mais poderosas que terras férteis, minérios e queijandos. Estamos na era da valorização do abstrato, os nossos avoengos já tinham esta noção quando afirmavam que a melhor herança é o estudo que deixavam aos filhos.



                                          Como rol de testemunha desta ação indenizatória deveria de ser arroladas as duas testemunhas principais, o Rio Vermelho e a Serra Dourada, além destas, o Palácio Conde dos Arcos, A Casa de Cora, a Praça do Coreto, a Rua da Pedra sempre de prontidão, ou outros monumentos.



                                          Jean Baptiste Debret esteve no Brasil em 1816, como membro da Missão Artística Francesa, e em sua obra Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, tomo II, pags. 32/33, falou sobre Vila Boa: “O ouro aí era abundante outrora e, nesses tempos felizes, a cidade tinha uma rica administração, bem como uma Casa de Fundição; mas as minas se esgotaram e, com elas, a prosperidade da região, de que resta a lembrança e uma população miserável”. Sem exageros, a miséria ainda persiste.  



                                                                  Epilogando, a minha tese ou o meu manifesto é que a cidade de Bartolomeu Bueno ou o primeiro núcleo urbano a oeste da Linha de Tordesilhas   tem uma dívida dourada para receber, com juros e correção monetária, que beira, nos meus cálculos preliminares, em bilhões e bilhões de dólares e, que, ainda não prescreveu e o fundamento da ação, a clava forte, é a chamada ética histórica reparadora baseada nos serviços históricos prestados, no roubo do Rio Vermelho e na transferência injusta da capital.  Não prescreveu porque as grandes injustiças não prescrevem nunca, como os genocídios não prescrevem. Se a cidade é Patrimônio Histórico da Humanidade a injustiça forte é contra toda a humanidade. Migalhas estaduais não resolvem. Vila Boa continua deitada no berço esplêndida, falta o grito retumbante, a união reparadora. It’s a sin, é um pecado.









                                                          

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O esvaziamento da morte, morrendo em hospitais, 10° capítulo

Esvaziamento da morte






quitação peremptória=morte=mortório ( Dicionário Analógico do Professor Ferreira)


                                                   Morrendo em hospitais. Com o passar dos séculos a nossa quitação peremptória ficou mais triste, mais lúgubre, pois morremos em hospitais, longe da família e dos amigos, entre outros esvaziamentos da morte. Este fato passou a ser corriqueiro no Brasil e em outros países. Qualquer problema de saúde leva à internação e se for grave o paciente vai e não volta para casa, morre no hospital.


                                                   A morte no hospital é parcelada, dividida em diferentes estágios técnicos, uma morte com muita técnica e solidificada com bastante silêncio. Este fenômeno contemporâneo é de certa forma assustador, uma vez que nas piores horas, temos a solidão do hospital e a ausência dos familiares e dos amigos, esvaziando o inevitável fenômeno da morte. Se observarmos bem, até pouco tempo atrás morria-se em casa, rodeado pelos familiares, com extrema unção, e o que era melhor, cercados de crianças. No hospital há uma intolerância com a morte do outro, ou seja, o moribundo é poupado  até da real gravidade de sua enfermidade quando em outros tempos o moribundo era incentivado a saber das suas reais condições físicas para preparar a sua própria morte.

...cacotanasia...
                                                    No mínimo temos de humanizar os hospitais. Por que tantos ares técnicos, formalismo acadêmico, tanto branco, será só o branco da paz e limpeza ou o branco da indiferença ou o mortório dando um branco?


                                                      Cacotanasia é uma morte aflitiva, morte em hospital não passa de uma cacotanasia moderna, nunca antes imaginada.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pujança e miséria do ativo ROMI3 ou Indústrias Romi





Em 20/10/2010 o ativo gechou  no pujante valor de R$ 15,37.
 Em 29/12/2011 fechou em R$ 6,74 com queda anual de -51,48%.
Na data de 24/7/2012 fechou em R$ 5,10 
                                                                     A empresa. Nasceu no estado de São Paulo mais precisamente no municípíuo de Santa Bárbara D'Oeste, em uma oficina pequena oficina de conserto de automóveis criada em 1930 pelo comendador Américo Emílio Romi. A oficina chamava-se Garagem Santa Bárbara. No ano de 1934 iniciou a produção de máquinas agrícolas e em 1938 mudou a sua razão social para Máquinas Agrícolas Romi Ltda.


                                                                    O primeiro torno. Em 1941 fabrica o primeiro torno mecânico, marca IMOR, modelo TP-5.

                                                                    O trator Toro. O primeiro trator fabricado no Brasil foi o Toro produzido por esta empresa emn 1948.

                                                                     Romi Isettao primeiro automóvel brasileiro. Inicia a produção  do primeiro automóvel brasileiro, o ROMI-ISETTA. O Fusca não é o primeiro carro brasileiro como muitos pensam, uma vez que este começou a ser fabricado no Brasil em 1959 mas em 1956 tivemois o nosso verdadeiro carro nacional, a Romi Isetta, produção que perdurou até 1961, quando foram produizidas cerca de 3.000 unidades. A pequena barata foi lançada em terras nacionais em 1959. O projeto era do engenheiro aeronáutico italiano Ermenegildo Preti com a colaboração de seu amigo Perluigi Raggi criaram o Romi-Isetta atendendo aos novos padrões automotivos que a Guerra exigiu. O veículo foi apresentado em 9 de abril de 1953, pela empresa italiana Iso Automotoveicoli, no Salão de Turim, o projeto foi denominado Isetta. O carro possuía características bastante reduzidas, como um única porta frontal, tanque de combustível para 13 litros e medidas bem pequenas. Fazia  25 km com apenas um litro de gasolina com seu motor de 4 tempos, refrigerado a ar e 1 cilindro levava o carro a uma velocidade máxima de 80Km/h. No Brasil o Romi-Isetta foi lançado em 5 de setembro de 1956. Em 1955 a empresa Iso Automotoveicoli concedeu os direitos de produção do modelo para as Indústrias Romi S.A.                                          

                                                           Clube dos Proprietários de Romi-Isetta. Este clube foi fundado pelo cineasta Anselmo Duarte com a finalidade de organizarem passeios e outras atividades envolvendo este veículo com a cara do Brasil. Na chamada Caravana da Integração Nacional o Presidente Juscelino Kubischeki entrou em Brasília na data de 2 de Junho de 1960 dentro de um veículo Romi-Isetta.

Primeiro veículo brasileiro de 1956
 Entrada na bolsa em 1972. Transforma-se em uma Sociedade Anônima de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo;
                                                             
                                                                     1974. Inicia a fabricação de Máquinas Injetoras de Plástico

                                                                     1985. Criação da Romi Machine Tools, Ltd., nos EUA, subsidiária integral de Indústrias Romi S.A., para suporte à rede de distribuição dos produtos ROMI no mercado norte-americano.


                                                                      2001. É criada a Romi Europa GmbH, com sede na Alemanha, subsidiária integral de Indústrias Romi S.A., para suporte à rede de distribuição dos produtos ROMI no mercado Europeu;
                                                                

                                                                       80 anos em 2010. Em junho, a Romi completou 80 anos de atividades.

                                                                        Terceiro trimestre de 2011. O seu lucro líquido recuou 65,7% em relação ao mesmo período de 2010, passando de R$ 25,30 milhões para R$ 8,66 milhões.


                                                                       Segundo semestre de 2012. A empresa viu a sua receita líquida reduzir em 38%, comparada com o mesmo período de 2011 ou a receita foi de apenas R$ 107,1 milhões. Sem receitas há menos chances de lucros. O prejuízo foi de 21,8 milhões. A empresa destacou o nível elevado de estoque, ou seja, a empresa sentiu a freada da economia brasileira mundial.
                                                                  Desindustrialização brasileira. É fato notório que o Brasil se transformou em um produtor e exportador de comodities e, por conseguinte, o governo não dá a devida atenção ao parque industrial brasileiro. Com a valorizxação do real a partir de 1994 o fenômeno da desendustrialização se aprofundou e o país praticamente só tem comodities como produto exportador de ponta e pujante. A indústria está no limbo. Se as comodities cairem de preço de uma hora para outra o país terá problemas sérios. Esta realidade afeta a nossa empresa que é uma indústria que fabrica máquinas e ferramentas. É o risco governamental-fisiológico-demagógico do ativo que tem uma história brilhante na indústria brasileira. Se a empresa tivesse sido fundada nos EUA com a história inovadora que tem, hoje, certamente, seria uma das maiores empresas do mundo. Ao lado do risco governamental monstruoso temos a concorrência acirrada da indústria alemã, chinesa, japonesa e de outros países. C'est la vie.

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            sexta-feira, 20 de julho de 2012

            Pujança e miséria do ativo HGTX3 ou Hering

                                                                             

                                                                   A empresa. É uma das maiores empresas do setor de varejo e design de vestuário do Brasil. Atua no varejo com quatro marcas: Hering, Hering Kids, PUC e dzarm. No Brasil, a atuação da companhia é feita a partir de três canais de distribuicao:  lojas próprias e franqueadas;  lojas de varejo multimarcas e;  Webstores. No exterior, a Cia. Hering comercializa suas marcas próprias por meio de 16 franquias e do varejo multimarcas. Em 30 de setembro de 2011, a Empresa contava com 392 lojas
            Hering Store, 76 lojas PUC, 4 lojas Hering Kids e 1 loja dzarm., alem de clientes no varejo multimarcas em todo o Brasil e lojas franqueadas em diversos países da América Latina. Na história da empresa o seu destino começou a mudar no ano de 2005 quando Fábio Hering, herdeiro e diretor da empresa, resolveu transformar a marca Hering em uma grife ou em um produto desejado por consumidores com maior poder aquisitivo. Às deveras, a partir de então o ativo começou a  subir muito. De 1995 a 2005 a empresa tinha encolhido em torno de 50%. Por isso, o histórico da Hering é admirável depois de 2005 ou de uma simpática marca de camiseta passou a ser um player de peso no mundo fashion.                                                       

                                                                    A marca cunhada na mente do consumidor. O ponto forte da empresa é a sua marca.  Todo mundo conhece esta marca no Brasil, ou seja, há uma potencialidade de
            quase 200 milhões de consumidores adquirir algum produto que a Hering produz, isto sem falar nos consumidores de outros países. Por outro lado, o varejo é um setor sangrento em razão da concorrência acirradíssima, no superlativo absoluto sintético e mais um pouco.                    



                                                                     2º trimestre de 2012. A empresa anunciou um lucro líquido de R$ 85,1 milhões, contudo,  o fraco desempenho das receitas, que avançaram apenas 8,9% sobre o ano anterior, para R$ 460,7 milhões decepcionou o mercado e a própria empresa. Esperavam crescimento acima de 10%. Foi este o motivo das quedas constantes do ativo no mês de Julho/2012.

                                                                        Um dos melhores ativos da bolsa dos últimos anos. Não podemos dizer que a festa do ativo HGTX3 acabou mas podemos boquejar que quem investiu no ativo há alguns anos bamburrou. Para termos uma idéia entre os anos de 2002 e 25 era facil comprar o ativo por R$ 0,50 ou menos e depois, em especial, após 2009 o ativo deu uma reagida espetacular, um verdadeiro foguete e chegou recentemente a mais de R$ 46,00, ou seja, um investidor com timing  poderia ganhar até cem vezes por cada real investido, imaginem R$ 10.00,00, na época correta, hoje valendo um milhão, assim é a bolsa de valores que transforma com facilidade um milhão em mil e vice versa. Só que é mais fácil perder um milhão do que ganhá-lo. Toda economia brasileira sente a crise iniciada em 2008 e a Hering começou a sentí-la, se as coisas mudarem uma das primeiras empresas que reagirá às melhoras será esta e, não será esta crise que fará desaparecer uma empresa tão sólida. O problema de comprar o ativo é ele cair ainda muito e o investidor pegar um topo com longos anos de recuperação. O melhor é esperar o desempenho até o final do ano e prever como vai terminar a novela do Euro, a mais emocionante do mundo econômico. Gostamos, ainda,  muito deste ativo.



                                                                              

            domingo, 15 de julho de 2012

            Pujança e miséria do ativo ELP4 ou Eletropaulo

            Valia R$ 38,52 em 28/4/2011 





                                                                                    AES Eletropaulo, ou ativo ELPL4 Eletropaulo Metropolitana - Eletricidade de São Paulo SA é uma distribuidora de energia no estado de Paulo. A empresa tem cerca de 5,8 milhões de clientes - cerca de 16,3 milhões de pessoas - em uma área de 4526 km ², em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo , incluindo a própria cidade. A empresa é maioritariamente detida pela AES Corporation. A empresa se originou da infra-estrutura de energia elétrica em São Paulo desenvolvida na primeira metade do século 20 pela São Paulo Tramway Light, and Power Company, uma empresa financiada com capital estrangeiro e legalmente domiciliados em Toronto, Canadá.





                                                                                           1° Trimestre de 2012. O que importa é lucro sólido, ou seja, um lucro que se repitirá e aumentará no futuro. Neste aspecto o ativo teve um lucro 60,9% menor no primeiro trimestre de 2012 comparado com o mesmo período de 2011. O lucro foi só de R$ 110,2 milhões.
            ...o que é bom dura pouco...
                                                                            
                                                                                    Revisão tarifária. O que atingiu o ativo no segundo trimestre de 2012 foi a revisão tarifária. Ela foi de 9,33% na data de 2/7/2012 e compensada com o reajuste de 7,07% resultou na diminuição do valor da energia em 2,26% a vigorar a partir de julho de 2010. Com isto a empresa terá que devolver retroativamente a quantia de R$ 880 milhões de reais a partir de Julho de 2013 aos consumidores. O mercado esperava uma redução tarifária menor que 9,33%. A revisão tarifária é de quatro em quatro anos.

                                                                               

                                                                                    Dividendos. Uma empresa que pague todo o lucro em dividendos é uma dádiva da bolsa de valores como o Egito é uma dádiva do Rio Nilo. Só que no mundo existe uma regra sólida, o que é bom dura pouco. Até 11 de Agosto de 2011 era esta a política da empresa. A partir desta data divulgou que os dividendos seriam só de 50% dos lucros e a resposta do mercado foi imediata e o ativo fechou nesta data com queda de 5,45% a R$ 29, 61, no dia 12 do mesmo mês caiu outros 5,27% no valor de R$ 28,05. Agora, os especialistas dizem que a empresa pagará no futuro só 25% dos lucros. Para termos uma ideia o ativo valia R$ 38,52 em 28/4/2011. Em 2010 os dividendos foram de 100%, em 2011 de 54%.


                                                                                      Fundo BlackRock. Tinha mais de 5% das ações preferenciais e na data de 12 de Julho de 2012 informou que a sua participação estava em 4,91%.


                                                                                        Futuro negro nos próximos três anos. Se a empresa teve as suas tarifas reduzidas em 2,8%. Passará por aumentos de despesas e desaparecimento dos lucros no futuro próximo, como prevêem os especialistas, o ativo pode muito bem ir abaixo de R$ 10,00 do que beirar os R$ 40,00. Outra previsão negativa é que a empresa poderá emitir novas ações.

                                                                                      Redução de despesas. A empresa fala em reduzir as despesas, só que isto vai ser difícil de maneira que compense as perdas. Veremos, o impórtante é não entrar agora. Parece que muita gente boa ficou presa no ativo com preços altos. Eles podem comprar mais para subir o preço artificialmente, atraindo os...


                                                                                         Segundo trimestre de 2012.  O pesadelo do ativo começou mais rápido do que imaginávamos pois o  Ebitda da AES Eletropaulo fechou o trimestre em R$ 243,5 milhões, queda de 53,6% em relação ao segundo trimestre de 2011, o lucro totalizou R$ 56,6 milhões, queda de 77,8% na mesma comparação. O resultado foi divulgado dia 3/8/2012 e com previsão de suspensão de dividendos. Dia 6 de Agosto de 2012 pode haver uma imensa queda, veremos.


                                                                                         14/12/2012, um fato relevante que pode causar um rombo de 1,3 bilhão à Eletropaulo. Nesta data foi publicada decisão pela 5ª Vara da Comarca do Rio de Janeiro, no processo nº 0010021-19.1989.8.19.0001, que trata da disputa envolvendo Eletrobrás – Centrais Elétricas Brasileiras S.A., AES Eletropaulo e Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, a respeito da responsabilidade pelo pagamento do saldo do empréstimo contratado entre a Eletrobrás e a Eletropaulo – Eletricidade de São Paulo S.A., à época ainda controlada pelo Estado de São Paulo, em 30 de outubro de 1986. Referida decisão determina que a AES Eletropaulo seria integralmente responsável pelo pagamento à Eletrobrás da diferença de correção de saldo do referido contrato de financiamento. Nessa data, o valor atualizado deste saldo é estimado pela AES Eletropaulo em R$ 1,3 bilhão. Contra essa decisão, a AES Eletropaulo apresentará os recursos cabíveis, com vistas a suspender os seus efeitos e anulá-la. Nossos assessores legais estimam que a Companhia tem boas chances nos recursos que serão interpostos e, com relação ao Processo, a avaliação de perda permanece inalterada, sendo sua classificação mantida como possível, não obstante a decisão mencionada. Vale acrescentar que, nesse momento, tal decisão judicial não produz impacto sobre os resultados da Companhia, sendo certo que quaisquer eventos subsequentes relevantes que impactem os resultados serão comunicados ao mercado. Com certeza a decisão comportará recurso e por enquanto será apenas um ruído que provocará quedas, mas a longo prazo...

            sábado, 7 de julho de 2012

            O Esvaziamento da Morte - As crianças e a morte, 5° Capítulo

               
            As crianças e a morte. A morte fica cada vez mais fria, a isso chamo de Esvaziamento da Morte. Neste esvaziamento da morte, as crianças, a alegria de uma casa, de um doente ou moribundo são impedidas pelos adultos de participar deste momento, esvaziando-o drasticamente. Fica-se doente, morre-se no hospital, é velado em um lugar público, como se o problema não fizesse parte da vida, principalmente, das crianças; como se não fosse um momento natural e importante no ciclo da vida a convivência entre crianças e mortos.



             Perguntas de crianças. Quando as crianças perguntam pelo morto os adultos respondem com evasivas como “foi para o céu”. Passamos a não mais desabafar e a não chorar a morte para que as crianças não ouçam os lamentos e não fiquem impressionadas. Elas são poupadas, mas não da morte futura e do aprendizado dialético ou do necessário aprendizado vida e morte ou aprendizado nascimento e morte como complementos, como diálogo biológico, como começo e fim. A noção que as coisas funcionam em círculos, em ciclos, como um ouroboros, a serpente engolindo a sua cauda, acaba ficando prejudicada. Ademais, uma mentira é lançada às crianças que ficam confusas com os discursos contraditórios dos adultos.


                                                                O comportamento natural hoje é poupar as crianças da morte, esvaziar a morte. Agora o que devemos pensar é o seguinte: isso é bom ou ruim? Qual o motivo de antigamente o moribundo morrer até rodeado de crianças e isso hoje é como se fosse um pecadilho. É um fato ou um fenômeno social que devemos prestar atenção.






            terça-feira, 3 de julho de 2012

            Caia na real - texto da internet com alguns comentários

            O duro é quando estamos cegos e não
            queremos enxergar

                                                     Sobre bolsa de valores circula na internet um texto que achei muito bom e por isso transcrevo-o logo abaixo. A ressalva que faço é que na bolsa existe muita falta de ética na lidança de certos ativos por alguns agentes envolvidos. Acredito na ética e certas condutas se enquadram perfeitamente em crimes como estelionato e formação de quadrilha, previstos respectgivamente nos artigos 171 e 288 do Código Penal, embora nunca vi uma discussão neste sentido. Exemplificativamente, não acho correto lançar determinado ativo em bolsa, gerar expectativas nos incautos, e depois aumentar o capital social em chorrilho, na aquisição de empresas inviáveis e remunerar com altos valores os diretores, inclusive com bônus de ações. O que há por trás disso? De qualquer maneira o texto é um aviso aos otimistas que acham que é fácil ganhar dinheiro neste nicho e depois ficam desesperados. Assinalo, ainda, que pegar o dinheiro alheio, como fazem os mais animados nesta aventura bursátil, é a loucura das loucuras, a loucura mor. Entre parênteses tem alguns comentários nossos.



            ...se ganhei ou perdi, o importante é que emoções eu vivi...  (só as emoções é muito pouco, o bom é dinheiro no bolso e muita saúde)



            Caia na Real - 10 passos


            ...o duro é quando estamos cego e não queremos enxergar...



            O Óbvio e também o mais Difícil:
            É da natureza do ser humano querer se enganar e é da natureza do ser
            humano querer enganar os outros. Não se engane e não engane os outros
            aprendendo o óbvio na bolsa. Os fundamentos e o óbvio. Esta matéria vai
            parecer idiota para os que estão começando mas eu garanto, não vai parecer
            idiota para os que já tem um pouco mais de experiência.

            1.Preço:
            Só existe um preço na bolsa. O preço em que o ativo está cotado neste
            momento. Preço justo, preço alvo, preço teórico, preço que deveria estar
            segundo a sua análise, preço que vai estar no dia tal, preço que o analista tal
            acha justo, etc. Todos estes preços são falácias e enganações. O único preço
            que existe no mercado é o preço do último negócio. Uma ação está cotada a
            10 reais. Você acha que está barata? Coloca uma ordem de venda a 20 reais
            e vê se alguem compra. Não. Então não está barata. Nada na bolsa está
            barato ou caro. Tudo na bolsa vale o que está valendo.
            (Esta verdade do preço é muito boa, o preço está na intuição do instante, naquele momento específico, não adianta elucubrar)


            2. Alta

            Alta é quando os preços fecham mais altos do que no dia anterior. Alta
            especulativa, alta sem volume, alta que não rompeu X, alta que não rompeu
            a média móvel, alta sem consistência, alta só porque é fim de mês, alta só
            porque fulano comprou, repique pequeno, etc. Tudo falácia e na maior parte
            das vezes torcida de vendido. Alta é alta e pronto. Quando sobe é alta.
            Simples assim. A única alta que existe na bolsa é quando os preços fecham
            acima do dia anterior. E quando sobe é alta, não é queda. Se você comprou
            ganhou, se vendeu perdeu e isso é a única coisa que importa. Se você vendeu
            e subiu, experimenta dizer na corretora ou na IBOVESPA que não vai pagar a
            boleta porque a alta é apenas especulativa.

            3.Queda.
            Queda é quando os preços fecham mais baixos do que no dia anterior. Queda
            sem volume, queda que não rompeu X, queda que segurou em Y, queda sem
            consistência, realização saudável, queda para aliviar os indicadores, queda
            só porque a tesouraria Z está desovando, manipulação dos tubas, etc. Tudo
            falácia e na maior parte das vezes torcida de comprado. Queda é queda e
            acontece sempre que cai. Se caiu é queda, não é alta. Se você comprou,
            perdeu. Se vendeu, ganhou e isso é a única coisa que importa. Se você
            comprou e caiu, liga para a corretora e diz que não vai pagar o prejuízo
            porque é manipulação dos tubas e vê o que eles vão te responder. (muita idiotice ligar para a corretora)

            4.Notícias.
            As notícias são importantes. Muito importantes. São tão importantes que nós
            na maioria das vezes não temos acesso a elas quando elas realmente
            importam. Pensem. Porque algo importante, algo decisivo na bolsa, algo que
            vá provocar uma mudança na bolsa, algo que se você tiver acesso irá te dar a
            chance de ganhar muito dinheiro, lhe será oferecido facilmente, em uma
            notícia na Internet ou em um Jornal? Será que é possível mesmo isso
            acontecer? E, quanto mais curto for o período que você está analisando,
            menos provável que você irá se beneficiar de notícias de fácil acesso ou
            grátis. Outro problema com as notícias é que não é a nossa interpretação das
            mesmas que importa e sim como o mercado as interpreta. Eu concluo que
            um balanço com prejuízo é ruim, mas o mercado pode achar aquele balanço
            bom. Portanto ou você tem acesso a notícias de outra forma que não o
            grande público, ou você opera longo prazo, ou é melhor não dar tanta
            importância às notícias. Na maior parte das vezes elas vão te confundir mais
            do que ajudar. (na economia, exemplificativamente hoje, existem algumas notícias favoráveis ao Brasil e outras desfavoráveis, os pessimistas interpretarão como o fim do mundo e os otimistas  que o pior passou, de qualquer maneira ficamos confusos e temos de confessar que as notícias nos deixam confusos e ciente deste detalhe importantíssimo chegamos à conclusão que as notícias devem ser filtradas, não devemos confundir fato com boato)

            5.Não há nada que valha a pena ver que eles vão te mostrar de graça. É bom
            olhar o livro de ofertas, mas não pense que você vai saber o que os grandes
            estão fazendo só porque aparece no livro de ofertas. Um grande oferta de
            compra pode ser um blefe, pode ser a zeração de uma venda, pode ser uma
            corretora usando o nome da outra e assim por diante. Se é importante, não
            está lá. Há coisas mais importantes para se dedicar na bolsa do que tentar
            enxergar o oculto. O oculto é oculto mesmo. Você não vai enxergar. (Shakespeare, 1564-1616, explica isso melhor:

            ...as saborosas antíteses...

            6.Existem diversas formas de tentar prever os movimentos da bolsa. Todas
            válidas mas nenhuma garantida. A maioria dos que entram na bolsa tentam
            no início aprender uma forma de prever a bolsa e se isso já é difícil para os
            experientes imagina para os inciantes. Dediquem seu tempo aos
            fundamentos, estudar estratégias, conhecer os ativos, os investimentos, ao
            invés de perder seu tempo com previsões. Acima de tudo não busquem
            gurus. Eles não existem, especialmente gurus de fóruns. Pensem. Porque
            alguém que realmente sabe alguma coisa vai a um fórum dizer isso para os
            outros de graça? Porque ele é bom, quer ajudar os outros? Se ele é tão bom
            porque não vai ajudar os pobres ao invés dos ricos dos fóruns de mercado
            financeiro. Os gurus de fóruns são apenas mais um torcedor fazendo boca de
            urna para trazer mais gente para sua direção, nada mais do que isso. (Chamar os foristas de torcedores fazendo boca de urna foi hilário e de muita franqueza, já que alguns se acham e não aceitam as saborosas antíteses, pena que os fóruns tenham se transformado na sua essência no fórum dos comprados, eles não aceitam discussão profunda dos ativos, principalmente, os moderadores comprados que dominam os fóruns em interesse próprio. Eles acabam arrumando um jeito de  expulsar do site os vendidos, a antítese dos comprados. Estes não tem muita chance neste diálogo de uma só voz, coisa de país em desenvolvimento. Nada melhor que a voz da antítese cavalheiresca) 


            ...na bolsa você é comprado ou vendido...

            7.Não existe nada certo na bolsa. Pode existir o provável, o possível, o
            esperado, mas o certo simplesmente não existe. Desconfiem, ou melhor nem
            leiam, qualquer postagem ou não ouçam quem começa com: Vai acontecer
            isso; isso é certo; eu tenho certeza; vai a tanto com certeza; vai subir; vai
            cair, etc. Prefiram os que dizem: Eu acho; eu espero; talvez; pode ser, etc.

            ...antítese cavalheiresca...
            8.Só existe uma realidade na bolsa: Se o dinheiro na sua conta aumentou ou
            diminuiu e isso só diz respeito a você e mais ninguém. Se aumentou você
            está ganhando. Se diminuiu você está perdendo. Simples assim. Ganhar
            discussão no fórum e acertar previsão pode até encher o ego de alguns, mas
            nunca encheu a carteira de ninguém. Novamente eu digo, estude
            fundamentos, estratégias. Participe do fórum para aprender e discutir
            estratégias. Previsões e contar vantagem que acertou, deixe para os que
            ainda estão disputando quem tem o nariz maior. (Existe um ditado que diz que o fracasso não tem explicação, portanto, não tente explicá-lo e, por outro lado ele depõe contra a sua própria biografia, as pessoas fogem dos fracassados, é uma das regras da lei da crueldade, existem outras)

            ...não devemos confundir fato com boato nos negócios...


            9.Amanhã não vai acontecer o que os analistas previram, amanhã não vai
            acontecer o que você está pensando, amanhã não vai acontecer o consenso
            do fórum, amanhã não vai acontecer nem o mais óbvio e nem o mais
            esperado. Amanhã vai acontecer o que acontecer e tudo será possível. Acima
            de tudo, se você ou qualquer um dos citados acertar o que acontecer é nada
            mais do que sorte dentro de uma chance grande, já que ou sobe ou cai ou
            fica estável. As chances de acertar são enormes. Não se iluda, trabalhe duro
            e não perca tempo tentando convencer você ou os outros do que você quer
            que aconteça. Trabalhe todo dia em defesas para o caso de não acontecer o
            que você deseja. Todos operam bem no lucro. Aprenda a operar bem no
            prejuízo e só assim será um vencedor. E acima de tudo compreenda que até
            um macaco bem treinado acerta para onde a bolsa vai, daí a ganhar dinheiro,
            a distância é quilométrica.


            ...fórum é igual a diálogo de uma só voz...


            10.A bolsa é a bolsa e é igual em qualquer lugar do mundo. Ninguém te
            obrigou a entrar, portanto CRESÇA E ASSUMA SUAS
            RESPONSABILIDADES E ATOS SE QUISER GANHAR. Dizer que a
            bolsa é manipulada não vai fazer você ganhar. Reclamar dos tubas não vai
            fazer você ganhar. Dizer que sinal da corretora caiu não vai fazer você
            ganhar. Ficar com raiva do mercado não vai fazer você ganhar. Todas estas
            suas queixas só mostram uma coisa: Você não está bem preparado e portanto
            não vai ganhar. Em primeiro lugar assuma suas responsabilidades se
            pretende ganhar. Todos os atos que você pratica na bolsa são de inteira
            responsabilidade sua. Aprendendo isso você já deu um grande passo para
            vender. Sem aprender isso não vai vencer. É você quem aperta os botões,
            portanto na vitória o mérito é seu e na derrota a culpa é sua e de mais
            ninguém. (É manipulada mas deve haver limites éticos, só assim, a bolsa poderia atrair 5 milhões de investidores individuais e não ficar com um número em torno de 500 mil)

            Se ganhei ou se perdi, o importante é que emoções eu vivi.
            Bolsa não é lugar de chorão.