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domingo, 7 de abril de 2013

Pujança e miséria do ativo LLXL3 ou LLX

               

             

                                                             O Porto do Açu. As obras do porto começaram em outubro de 2007 e envolvem uma área total de 90 quilômetros quadrados. Com profundidade inicial de 21 metros, prevê um píer de 17 quilômetros, capaz de receber 47 embarcações.

 
 
                                                                                    Porto em águas rasas. O porto do Açu em São João da Barra no Estado do Rio de Janeiro é construído em águas rasas, isto demanda investimentos maiores pela extensão do pier. Outro fato importante pela análise das imagens e fotografias é que o local parece cercado por água por todos os lados, um pântano, e que não vai dar à lugar nenhum. Para nós a localização perfeita de um porto é fundamental para o seu sucesso. Não basta ter apenas uma área imensa. Os custos para transformar um local em algo de primeira podem ser estratosféricos.


                                                                    Sr. Fato Relevante.  Para conquistar a confiança do mercado, as empresas de Eike usaram e abusaram dos fatos relevantes, tal expediente não vai de encontro à lei. Informações podem ser um benefício para quem investe e para os analistas. Por outro lado pode manter o ativo artificialmente valorizado e incutir esperanças infundadas. Por isso, foi apelidado pelo mercado de Sr. Fato Relevante.  O empresário foi multado em R$ 100 mil pela CVM, por ter falado demais sobre o IPO da OGX. Depois do grande fracasso com a OGX em 2012 adotaram estratégia diferente ou falam pouco.  
                                                      

                                                             

                                                              Nunca se esqueçam. Na data de 29/12/2911 fechou o ano valendo R$ 3,37, já em 2012 bateu o martelo em 28 de Dezembro no valor de R$ 2,40. Era para ter começado a operar em 2012, ficou só nas promessas da empresa. A inauguração foi remarcada para o final de 2014.


                                                             Fechamento do capital em 30 de Julho de 2012. Anunciou o fechamento do capital e propôs o pagamento de R$ 3,13 por ação. Posteriormente, o Bank Of América avaliou o preço justo do ativo entre R$ 6,94 e R$ 7,63. A empresa, então, desistiu da OPA.


                                                              O dia em que o ativo subiu 27,59%. Foi na data de 29/11/2012, um dia antes a empresa anunciou um acordo com a General Electric. Fechou valendo R$ 2,22, só que antes disso tinha caído horrores;


                                                             Contrato com a Wärtsilä em março de 2013. A LLX assinou com a finlandesa Wärtsilä contrato para instalação de unidade industrial em canal do Superporto do Açu. A empresa pretende investir 20 milhões de euros na unidade do Açu, com previsão de gerar aproximadamente 100 empregos. No contrato, a Wärtsilä fará o aluguel de 29.300 m2 de área no canal do TX2 por 30 anos, renováveis por mais 30. A Wärtsilä instalará uma unidade de montagem e produção de grupos geradores e propulsores Azimutal, além de oferecer serviços voltados a clientes nas áreas de energia e propulsão marítima.


                                                             O Porto do Açu ameaça afundar literalmente, notícia de 7 de abril de 2013. Esta circulando no mercado a notícia que o porto construído pela LLX, braço logístico do grupo EBX,  está afundando ipsis litteris. O estaqueamento, um tipo de alicerce, do estaleiro começou a ruir. A notícia foi divulgada pela revista Veja. Obras de emergência estão em andamento para evitar que o porto afunde. Se a notícia se confirmar é um black swan que promete muito na segunda-feira. Dizem que faltou estudo do solo. Será? E no dia 8 de abril o ativo caiu 5,39% batendo o martelo em R$ 1,93. A queda não foi maior em razão da empresa ter desmentido esta notícia e ter surgido outra que o governo irá ajudar as empresas de Eike através da Petrobras. O que dissemos no início deste texto sobre o local do porto por simples análise de imagens tiradas do alto conjugado com esta notícia nos deixa temerosos em relação ao futuro.


                                                             Ajuda da Petrobras. Em março de 2013 surgiu uma polémica se o governo deve ou não ajudar o grupo EBX e LLX no meio. Há opiniões a favor e contra e outras entre as duas. Uma opinião interessante é a do   Ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Carlos Lessa, o primeiro a assumir esta função na gestão petista da Presidência da República, iniciada em 2003. O homem defende que o governo estatize ativos do grupo EBX, como o porto. Das suas palavras pinço uma pérola do seu pensamento que merecia muita meditação:
 
                                                   O governo deveria simplesmente estatizar o Açu e a mina de ferro para capitalizar a Vale com uma nova reserva e um novo porto para exportação. O grupo Eike foi criado por uma bolha especulativa de dimensões colossais. A estatização é uma solução bastante viável

                                                       Se houve uma bolha de dimensões colossais, devemos todos nos tremer no Brasil, não sobrará nada. Pois, se houve bolha colossal no grupo EBX, está bolha não ocorreu em outros setores e outras empresas? Vai faltar dinheiro para outras estatizações? A Petrobras ajudará a Lupatech, a Inepar, a Queiroz Galvão, a HRT e outras. Fica as perguntas...