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sábado, 29 de dezembro de 2012

Pujança e miséria do ativo SHOW3 ou T4F ou Time For Fun








Estreou na bolsa em 13/4/11
valendo R$ 16,00. Fechou o ano de 2012,
data de 28 de Dezembro, valendo R$ 7.84 com queda anual de 30,70%.

                                                                    A empresa. T4F negociada no código SHOW3 é uma empresa com alvo econômico na administração, promoção, organização, produção, agenciamento, programação e criação de atividades relacionadas com entretenimento ao vivo em áreas como esportes, artes, cultura, concertos e performances, atua também na administração e operação de locais como teatros, ginásios e estádios. A empresa gerencia quatro locais no Brasil ou o  Credicard Hall, o Citibank Hall, Teatro Abril, estes três espaços em São Paulo e um espaço no Rio de Janeiro ou o   o Citibank Hall, no Rio de Janeiro. Possui  uma casa de espetáculos na Argentina, o Teatro Opera Citi. Em 31 de dezembro de 2010 a empresa tinha cinco subsidiárias ou  Área Marketing Brasil Ltda., Metropolitan Empreendimentos SA, T4F Alimentos, Bebidas e Ingressos Ltda, T4F Inversiones SA e BA Inversiones SA., T4F USA Inc e Vicar Promoções Desportivas S.A.


                                                                     Liquidez. Não é o ponto forte neste ativo a liquidez, ou seja, não há um volume de negócios alto como no ativo da Petrobras ou Vale.




                                                                    Um péssimo terceiro trimestre em 2012. O lucro líquido da empresa despencou 29%, para 12,5 milhões de reais. Já a receita total aumentou 23% para 138 milhões de reais, impulsionada por maiores vendas no setor de entretenimento familiar por conta do musical da Família Adams e o espetáculo Varekai, do Cirque du Soleil e por mais receitas de patrocínio. No entanto, a receita de shows ao vivo caiu 18% na comparação com o terceiro trimestre de 2011. As vendas de ingresso caíram 12% empurradas por taxas mais baixas dos shows realizados neste trimestre e dos esperados para o quatro trimestre. Este trimestre foi marcado pelo fracasso dos show das cantoras Madonna e Lady Gaga. Outro marco neste final de ano foi a entrada de Eike Batista no ramo com a empresa IMX, isto diluiu o interesse neste ativo que perdeu o Cirque Du Soleil para a empresa daquele. Quando o ativo contava com o Cirque Du Soleil o seu valor girava em torno de R$ 17,50. após o anúncio girou em torno de R$ 7,50. O quarto trimestre de 2012 não será bom, a própria empresa disse isto. Quem aplicar tem que prestar a atenção no dólar uma vez que os shows internacionais são contrastados nesta moeda. quanto mais o real desvaloriza pior para o ativo e para os brasileiros que não poderão consumir o importado com desenvoltura. É lógico que o ativo pode procurar as alternativas domésticas e diminuir este impacto mas este detalhe é importante. O ano de 2012 foi o ano em que o dólar se valorizou bem acima da maioria das aplicações.


                                                                    25/10/2012, a T4F anunciou que o fundo gerido pela Gávea Investimentos reduziu sua participação acionária no capital da companhia de 12,8% para 6,88%. O fundo GIF II Fundo de Investimentos em Participações vendeu 4.102.600 ações SHOW3, reduzindo para 4.768.427 ações a sua fatia. A alienação foi feita no dia 20 de julho de 2012, o que provocou um forte aumento no volume financeiro movimentado no dia foi de R$ 68,2 milhões, acima da média diária de cerca de R$ 3 milhões.


                                                                    13/11/2012, a Gestora Rio Bravo entra na parada. A empresa divulgou que os fundos da gestora Rio Bravo detém 5,13% do capital da empresa após o Fundamental Investimentos comprar 1 milhão de papéis no dia 13/11/2012. Se um fundo larga um ativo outro pega mas quase sempre com uma cotação menor.

                                                                      A Time For Fun divulgou, em nota, a sua lista de atuais acionistas:
AcionistaNúmero de Ações% do Capital Social
Fernando Luiz Alterio18.597.10926,65
Stichting Depositary Cyrte Latam Fund6.778.6009,71
F.A. Comércio e Participações S.A.5.850.9828,38
CIE Internacional S.A. de C.V.3.869.9335,54
Fundamental Investimentos (Rio Bravo)3.578.5005,13
FAMA Investimentos3.522.9005,05
Outros27.593.44139,54
Total69.791.465100,00



                                                                     Se estes investidores deixarem o ativo de uma hora para outra, ao mesmo tempo, ele vira pó. Por isso é necessário saber quem é quem no ativo. Só que os investidores de peso só tem o dever de comunicar após as compras e vendas.



                                                                    14/11/2012, a gestora Gávea cai fora. A Time For Fun anunciou nesta data que a gestora de investimentos Gávea vendeu a totalidade das ações que possuía na empresa. Aproximadamente 4,3 milhões de papéis foram vendidos. O número de ações representava 6,3% do capital da empresa. O fundo da Gávea é um dos private equities que possuíam participação na empresa antes dela abrir o capital, em abril de 2011.



                                                                       Resumo do ano de 2012. Um ativo que valeu R$ 16,00 na estréia e fecha este ano em R$ 7,84 com queda de -30,70, ou seja em quase dois anos, certamente não teve um bom desempenhono período. Tudo pode acontecer com o ativo, até uma subida espetacular como uma queda grande em 2013, só que a crise que assola o mundo pelo jeito ainda vai provocar muitos estragos nos próximos doze meses. A única certeza é que a crise que começou em 2007, com um grande susto em 2008, ainda, não foi resolvida. Se a crise chegar no Brasil com força nos próximos meses as pessoas costumam, primeiramente, cortar entretenimento, o foco do ativo que sentirá no cerne,  o pibinho brasileiro de 2012 que o diga.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Pujança e miséria do ativo PDGR3



O ativo começou a ser negociado na bolsa na data de 26 de Janeiro de 2007
quando iniciou as negociações valendo R$ 14,00. Na data tétrica
de 28/11/2012 o ativo bateu o martelo em R$ 2,82.
                                                                                     






                                                                                       A empresa. É a maior construtora e incorporadora do país no ano de 2012. Obteve este posto com a compra da incorporadora AGRE no ano de 2010.
                                                                                                          
                                                                                         O IPO precificado em R$ 14,00 na data de 25/Janeiro/2007. O dia 26 de Janeiro deste ano foi o primeiro dia de negociações e o ativo fechou nos mesmos R$ 14,00. No IPO a empresa captou a quantia de R$ 630 vmilhões e vendeu 45 milhões de ações.

                                                                                          04 de Fevereiro de 2010, a oferta secundária de ações da PDG é precificada em R$ 14,50. O valor atingido  foi de 1,62 bilhão de reais, para um total de 111,65 milhões de ações. Neste dia o papel fechou em R$ 14,60 reais.
No começo de janeiro, o fundo FIP PDG I anunciou que iria se desfazer das quase 111,7 milhões de ações detidas da PDG Realty, equivalentes a pouco mais de 30% do capital da companhis. A operação é um desdobramento da venda do banco Pactual pelo suíço UBS ao BTG, de André Esteves. Os cotistas do FIP PDG são ex-sócios do Pactual. Esta é a maneira que os grandes investidores encontram para se desfazer dos seus investimentos ou oferta secundária de ações. Se fossem ao mercado diário o preço, em razão do número de ações, cairia bsastante. Então, quem vende, vende nas melhores condições, com prospecto e marketing. Quem compra, compra risco alto.Vejam bem o UBS caiu fora em 2010, dois anos após a crise de 2008, milhões de ações foram colocadas no mercado nas mãos de diversos investidores, muitos deles apenas especuladores almejando a venda logo após uma pequena valorização. Assim, em razão da crise e da dispersão das ações com a saída de um grande fundo um pensamento pessimista sobre o futuro do ativo era recomendável. Nas nossas pesquisas, mesmo em 2010 a euforia ainda continuou com o ativo por parte de alguns investidores inocentes e outros nem tanto. A lição que fica é que comprar ações nestas condições é pedir para levar prejuízos. Se um grande fundo cai fora no mínimo é um sinal de alerta. Só que outros grandes investidores compraram na época, isto confunde o mercado ou outros investidores. A realidade é que temos grandes investidores, não são apenas os pequenos, através de fundos de investimentos, levando prejuízos indizíveis.


                                                                                           O desastroso terceiro trimestre de 2012. O lucro líquido  caiu 89,5% no terceiro trimestre, para R$ 27,053 milhões, em relação ao mesmo período do ano passado. Este lucro é irrisório pelo tamanho da empresa. Na comparação dos dois intervalos, a receita líquida da PDG teve queda de 16%, para R$ 1,544 bilhão. A mercadoria das construtoras são os lançamentos e estes caíram 81,6% no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para R$ 489 milhões. A companhia lançou sete projetos de julho a setembro. No acumulado dos nove meses, a queda do Valor Geral de Vendas (VGV) lançado foi de 68,9%, para R$ 2,008 bilhões. A PDG informou também que as vendas contratadas caíram 62,7% no trimestre, para R$ 713 milhões, e recuaram 31,1%, para R$ 3,747 bilhões no acumulado do ano.



                                                                       10/12/2012, alguém caindo fora do ativo. A gestora de investimentos T.Rowe reduziu sua participação na PDG Realty para 4,90% das ações da companhia, detendo um total de 65,7 milhões de papéis. A T. Rowe possuía fatia de 8,48% no capital da PDG. Isto explica as baixas comnstsantes do ativo. Pena que só sabemos destes movimentos de compras e vendas só após o ocorrido. Se o fundo saiu, no mínimo não vê enormes ganhos à frente.

                                                                     
                                                                         Vendas de ativos em 2013. O ano de 2012 foi tão difícil para a empresa que ela já pensa em se desfazer de ativos. No nosso entendimento o setor de construção não pode ter uma pujança constante pelo simples fato do setor crescer mais de 15% ao ano em momentos eufóricos. Só que a população brasileira já não cresce nem um  por cento ao ano, apenas por esta matemática percebemos que em um prazo médio haverá um descompasso, uma assimetria entre oferta e procura. Sem falar que a maioria da população não tem dinheiro algum. A renda é concentrada em qualquer país, na mão de poucos, não só no Brasil. Aliás esta minoria fica ainda mais rica nestas euforias pelo simples motivo de não pagarem juros, taxas, comissões, impostos e outros custos, a elite ao contrário recebe estas dádivas capitalistas. Como o governo adora euforias, uma vez que se elege com mais facilidade, podemos dizer que o PT se beneficiou disto,  arrecada muito e gasta mal, mormente com demagogias em cima da ignorância do povo. Ao depois, quando a coisa desanda recria-se o crédito que antes era escasso. Só que o crédito é uma vitamina econômica periculosa, outrossim, tem vida curta, uma vez que alguém ao comprar um imóvel dificilmente voltará a comprar outro e por outro lado cada real emprestado é um real a menos disponível em empréstimo. É tudo matemática. Se no caso houve uma euforia forte, temos uma bolha que explodirá não em um ano, dois, três ou cinco de euforias, é um fenômeno lento e quase imperceptível, tanto é que muitos entram na ciranda quando ela está prestes a explodir, mas em um belo dia a bolha exsurge e ela parece ter aparecido para o ativo PDGR3. Isso foi fato em 2012. Os números não mentem. Depois vem a inadimplência e...a vida continua.


...fundir pode significar fazer perder o juízo, entre outros significados...


                                                                Volatilidade que confunde. Altas e baixas que confunde chamamos de volatilidade. Volatilidade é indecisão do mercado, não sabemos se ficamos ou se corremos para as montanhas. O mundo é, outrossim, psicológico e devemos estar preparados neste campo para enfrentar os fatos, os fenômenos... Pois bem, na data de 24 de Maio de 2012 o ativo subiu os estonteantes 11,07% e cravou valor em R$ 3,41. Imagina ganharmos mais de 10 por cento em um único dia, a poupança não dá isso em um ano. Só que alguns dias depois, ou na data de 29/5/2012, o ativo caiu os perturbadores 11,38% batendo o martelo em R$ 3,35. Quem ganhou dez por centpo pensa em ganhar vinte, 100 e assim, por diante, quem perdeu dez imagina perder tudo. Neste enredo psicológico pode surgir o pânico ou a euforia.Um fato complementa o outro são interligados,  e pode confundir fundir todos nós...



 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pujança e miséria a do ativo MMXM3 ou MMX Mineração

Pujança e miséria do ativo mmxm3


                                                                         A empresa. É uma empresa mineradora que produz cerca de 7 milhões de toneladas de minério de ferro, uma quantia considerada pouca. Para termos uma idéia a Vale produz mais de 300 milhões de toneladas. A Companhia de mineração pertencente ao Grupo EBX, a MMX foi criada em 2005 pelo empresário Eike Batista. Em julho de 2006, a empresa realizou seu IPO na Bolsa de Valores de São Paulo, captando R$ 1,1 bilhão. Em 2009, a companhia chinesa Wisco comprou uma participação de 21,22% da mineradora por US$ 400 milhões.

                                                                        Unidade de Serra Azul. A Unidade de Serra Azul, situada no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, é uma das jóias da coroa da empresa. Produz 8,7 milhões de toneladas de minério de ferro por ano (Mtpa) e a empresa pretende expandir a produção  para 24 Mtpa. A expansão deverá consumir R$ 4 bilhões de investimentos e a previsão é que a nova planta da Unidade Serra Azul esteja em operação até o primeiro trimestre de 2014. Quatro bilhões é muito dinheiro e fico preocupado com a previsão de aumento de produção de minério de ferro mundo afora. Pode ocorrer uma super oferta diante de uma demanda fraca. De qualquer maneira é muito otimismo.


                                                                             Aumento de capital em 2010 quando o ativo foi precificado em R$ 13,90. A subscricao foi  de 115 milhoes de acoes, amealhando o valor total de1,6 bilhão.

                                                                        Reservas de Serra Azul. A SRK Consulting certificou 997,4 milhões de toneladas de reservas de minério de ferro na Unidade Serra Azul no começo de 2012. Na última certificação, divulgada dia 31 de agosto de 2011, foram auditados 1,7 bilhão de toneladas de recursos de minério de ferro medido, indicado e inferido na Unidade Serra Azul. Para a MMX, a certificação dos recursos minerais considera apenas o minério disponível em quantidade e qualidade adequadas. Já a certificação das reservas minerais avalia a parte do recurso mineral que é economicamente aproveitável, considerando diversos fatores. Só que um detalhe nunca deve ser esquecido, o teor do minério de ferro, o de Carajás da Vale atinge percentagens acima de 62%, este teor de 62% é  que dá base aos preços. Já o minério de Eike, segundo informações, gira em torno de 30%. Este último fato é o nó da questão, da empresa, no nosso entendimento ou uma mina realmente boa sempre terá um valor no mercado. Mineradoras pequenas na China que possuem reservas com baixos teores de ferro estão fechando no final de 2012.


                                                                       Segundo trimestre de 2012.Apresentou prejuízo líquido de 391,6 milhões de reais ante lucro de 90,9 milhões de reais no mesmo período do ano passado. Isso foi muito ruim para a empresa. O grande fantasma neste momento é o arrefecimento da China, que está arrefecendo todo mundo já sabe, prever a dimensão e duração dele é que é o desafio. Estamos pessimista com mineradoras. O que falamos no ativo da Vale vale para este com as devidas mudanças.


                                                                       Os preços do minério de ferro, a pedra no sapato. No terceiro trimestre de 2012, segundo a empresa, através de Guilherme Calhão, seu presidente, os preços  caíram e estão em uma faixa de 40 a 50 dólares por tonelada. O pior é que o minério da MMX é vendido no Brasil, mais de 60%. O preço internacional gira em torno de 113 dólares no final de 2012. O preço do minério é a pedra no sapato da mineradora, antes da crise havia verdadeira euforia em relação ao minério de ferro. Este fato pode tornar muitos projetos inviáveis.


                                                                   Notícia de 22/11/2012. Eike Batista aumentou sua participação na MMX Mineração e alcançou 46,1% do capital social da companhia, de acordo com comunicado arquivado na CVM. O acionista controlador da MMX detinha fatia de 29,99% nas ações da mineradora.

                                                                       3/12/2012, a má notícia que vai aumentar o capital.
O aumento é de 1,37 bilhão de reais. O preço de emissão é de R$ 3,92, com base na cotação da média ponderada pelo volume de negociação das ações ordinárias da companhia nos últimos pregões anteriores a 28 de novembro de 2012. Este valor é R$ 0,20 maior que os R$ 3,72 de 3/12/2012.  Com o aumento de capital, a companhia passará a ter um capital social de R$ 4,037 bilhões para R$ 5,404 bilhões. Isso é diluição do capital, péssimo para os minoritários. Este aumento explica o fato do controlador ter aumentado a sua participação ou queria evitar que o preço caísse. Estes R$ 3,92 é a precificação de um ativo que já valeu muito mais ou, ainda, a consolidação de um prejuízo para quem acreditou nesta empresa por um valor maior. O mais hilário é que Eike se compromete a comprar até um bilhão de reais caso a subscrição não tenha sucesso. Hilário em razão de uma subscrição normal não precisar deste tipo de expediente (se você não comprar eu compro), se o investimento é sólido, firme e com futuro garantido.


                                                                       Extravagâncias. Depois do IPO, as colunas sociais do Rio de Janeiro trombetearam que Eike estaria comprando água-de-coco com notas de R$ 100, sem pedir o troco. Sobre este tipo de comportamento sempre argumente ou pense: dinheiro não aceita desaforos. É uma regra antiga cultivada pelos nossos avós e bisavós e, a sua não observância é sintoma de que algo está errado com o cidadão. Quando a MMX anunciou um grande prejuízo o nosso homem do dinheiro disse que emprestará US$ 200 milhões do próprio bolso à empresa, sem cobrar juros e asseverou que este valor só será exigível em dois casos, a  falência ou a venda da mineradora por mais de R$ 3,00 por ação. Como resultado desta afirmação o ativo disparou. Agora, vejam só, a empresa tem prejuízo, há uma jogada de marketing, a ação dispara, sem nenhum fundamento sólido, pois a empresa deu prejuízo, e muitos entram no ativo como se palavras, apenas palavras movessem as empresas. Tudo isto é marketing e negócios não podem ser movidos apenas por propaganda.


                                                                      Nunca se esqueçam. Depois do IPO Eike disse que os chineses estavam chegando no Brasil e que poderia vender a mineradora, sempre gostou de vender os seus projetos no início.  Na verdade isto pode ser uma confissão que não tem condições de levar o projeto até o seu final. Afirmou isto depois de ter dito que estava criando uma empresa para competir com a Vale. Assim, o discurso é contraditório e o ativo é apenas especulativo, uma vez mais em razão do IPO de R$ 12,00. A crise de 2008 parece que pegou muita gente nadando  como veio ao mundo. Parece que existe uma cegueira geral no Brasil, muitas pessoas físicas já levaram imensos prejuízos neste ativo e em seus irmãos siameses e abandonaram até a bolsa. Antigamente, se dizia que quando os Estados Unidos pegava um resfriado o Brasil tinha uma pneumonia, será que esta regra não vale mais ou o governo conseguiu apenas adiar a pneumonia com bastante antibióticos?



                                                                   Meditação. Eike propõe comprar as ações a R$ 3,92 caso o mercado não queira. Agora pensem, ele não propôs comprar as ações quando elas custaram R$ 13,90 em 2010. Se isto ocorrer ele comprará um ativo por muito menos que vendeu ao mercado. Em 2010 ele vendeu 115 milhões de ações e amealhou 1,6 bilhão, agora, propõe comprar grande parte 348 milhões de ações a R$ 3,92 e arrecadar apenas 1,38 bilhão. Um bom trade para o homem do dinheiro. Só que mesmo a este preço e melhor deixarmos o dinheiro na poupança.Temos que acreditar em crise e ela chegou pujante no Brasil e para as mineradoras no final de 2012 e nada pode mudar esta realidade, por enquanto. O melhor é ficarmos em stand by.


                                                                       Texto encontrado em 31/12/2012. Encontrei um texto interessante sobre Eike escrito por Sebastião Nery:



                                                        SANTIAGO – Farid Jamil, comerciante de Ponta Porá, lá no sul de Mato Grosso do Sul, a 350 quilometros de Campo Grande, colada com Pedro Juan Cabalero, no Paraguai, e amigo do então governador Pedro Pedrossian, deu uma grande festa binacional no casamento do irmão.


Estava lá o mundo político e comercial inteiro, inclusive o general comandante da região, naqueles tempos do poder militar, em que o general era sempre o homem mais importante da região. O general ficou impressionado com o fausto da festa. Chamou o deputado Levy Dias, da Arena :

- Deputado, qual é o forte desta gente? É a pecuária? É a exportação?

- General, não se aprofunde. Se o senhor se aprofundar, vai sair da festa.

Daí a pouco, o general saiu da festa. Tinha se aprofundado.

PANTANAL

Mato Grosso, pantanoso, amazônico, é um grande mistério do Brasil profundo, sobre as águas, com seus pastos, peixes e passaros infinitos, atravessando rios, saltando fronteiras, meio brasileiro meio espanhol.

Águas, rios, pássaros, pântanos, tudo nos separa. Só a gente, com seus unânimes rostos indígenas, o boi, o peixe,o pássaro e o contrabando nos unem. Mato Grosso, antes de ser dois, já era espanhol quando Cabral chegou. Foi espanhol de 1494, no Tratado de Tordesilhas, até 1750, no de Madri.

Até 370 léguas de Cabo Verde, era Portugal. Daí em diante, era Espanha. O português Pedro Aleixo andou por lá em 1525. Mas, logo depois de 1.600, os jesuitas espanhóis, o MST dos reis da Espanha, chegaram e armaram suas barracas. Fundaram missões entre os rios Paraná e Paraguai.

Bandeirantes paulistas pelo sul, garimpeiros baianos pelo norte, foram entrando e ficando. Até que em 1750 o Tratado de Madri empurrou a Espanha para trás, para as fraldas nevadas da Cordilheira dos Andes, com o rio Paraguai separando definitivamente o Brasil do Paraguai e da Bolívia.

PUERTO SUAREZ

Já na década de 50, há meio seculo, estudantes pobres, saiamos de trem de São Paulo, atravessavamos Mato Grosso até Corumbá, passavamos sobre o rio Paraguai, entravamos na Bolívia por Puerto Suarez, até Peru e Chile.

Sempre voltei a Corumbá para pescar no pantanal. Há um roteiro inevitavel : atravessar o rio para comprar muambas e artesanato do lado da Bolívia. Criaram uma “Zona Franca” com um free-shopping, uma Brasif fajuta vendendo perfume, bebidas e eletrônicos. Mas o que funciona mesmo é o “shopping-chão” de Puerto Suarez, a miséria vendendo coisas no chão.

Pois foi ali, em Porto Suarez, um dos lugares mais pobres do mundo, que o senhor Eike Batista instalou uma criminosa picaretagem, chamando de “siderúrgica” fornos para fazer carvão queimando a vegetação do pantanal.

EIKE BATISTA

Ele corrompeu miseráveis autoridades locais e conseguiu autorização “municipal” para instalar os fornos e queimar madeira. Mas a Constituição da Bolívia já proibia empresas estrangeiras na fronteira e a legislação boliviana do meio ambiente não permite fazer carvão queimando madeira

Chegou o novo governo de Evo Morales e proibiu os fornos de carvão vegetal. Eike, como um senhorzinho espanhol dos tempos coloniais, distribuiu dinheiro com os miseraveis e promoveu manifestações populares “em defesa dos empregos” (a compra da vegetação do pantanal para queimar nos fornos).

Logo a imprensa brasileira, que se baba por um jabá, transformou o Eike Batista em novo heroi da Pátria, um ultrajado Tiradentes com pescoço de dólar. E TVs histericas, editoriais hidrófobos e jornalistas espertos uns e incautos outros passaram a pregar a invasão da Bolívia pela Pátria ofendida.

OMBUDSMAN

Inconsequentes e ridiculos. O “Globo Reporter”, tantos outros programas de TVs e jornais, denunciam sempre, e com razão, a “queima da floresta amazonica”, quando miseráveis brasileiros, sobretudo crianças, instalam fornos à beira das matas, como se fossem casas de cupim, para queimar madeira, fazer e vender carvão. EXatamente o que o Eike fez.

A irrecuperavel corrupção da imprensa brasileira, a serviço dele, passou até a defender que o governo brasileiro transferisse os fornos de Eike para o outro lado do rio Paraguai, em Corumbá, para queimar o pantanal brasileiro. Em editorial, a “Folha” intimou Lula a “assumir a defesa dos interesses brasileiros (sic) com o rigor que a situação e seu mandato exigem”.

Até a Eliane Cantanhede diz que a Bolivia “nega o direiro da EBX de Eike de funcionar no pais”. Ainda bem que o lucido Luis Nassif, na mesma “Folha”, mostrou que “a crise Brasil-Bolivia é um caso de diplomacia condescendente e empresas arrogantes, com comportamento típico de velhas potencias coloniais, como os ingleses pré-segunda guerra. É um jogo sujo, feito à margem da cultura e da lei local. É uma vergonha para o Brasil. Em um pais com as reservas de gás da Bolívia ele planejou levantar uma aciaria à base de carvão vegetal, destruindo um ecosistema, em uma localização proibida pela propria Constituição boliviana. Fosse no Brasil, seria escorraçado”.

O Eike quis pôr na Bolivia a coleira que ele botou na Luma."


                                                                               Resumo do ano de 2012. Um resumo matemático é que o ativo bateu o martelo no valor de R$ 4,45, com queda anual de 33,10%.


                                                                                 Começo de 2013 com o pé esquerdo. A mineradora informou em 08/1/2013 que foi autuada em 3,758 bilhões de reais pela Receita Federal devido à suposta dívida relativa a Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o lucro líquido (CSLL) no ano base 2007. Relatou que são  "totalmente improcedentes as autuações recebidas" e entrará com recursos contra a decisão administrativa. A empresa afirmou em comunicado ao mercado que as autuações não devem gerar provisionamento contábil para pagamento e nem devem acarretar em outras consequências financeiras imediatas. O valor das autuações equivale a 87 por cento do valor total de mercado da empresa, de 4,3 bilhões de reais, segundo dados da Thomson Reuters.
Segundo a companhia, as autuações referem-se aos seguintes eventos, que teriam gerado supostos ganhos de capital, não reconhecidos pela MMX: alienação de ações de emissão da Centennial Asset Participações Amapá S/A e da Centennial Asset Participações Minas-Rio S/A, realizadas, em bolsa de valores, pelo fundoestrangeiro Centennial Asset Mining Fund; e aumentos dos capitais sociais da MMX Minas-Rio Mineração S/A e da LLX Minas-Rio Logística S/A, subscritos e integralizados, com ágio, pela Anglo American Participações em Mineração Ltda., que geraram para a MMX apenas resultados não tributáveis de equivalência patrimonial. Com certeza a autuação vai virar uma novela administrativa e judicial e não terá impactos a curto prazo. Mas a longo prazo é bom ficar de olho. A dívida tributária é quase igual ao patrimônio da empresa e a legislação tributária no Brasil, com os seus princípios baseados em despenar o máximo que o Estado puder, certamente, é desfavorável aos contribuintes e às cempresas. Um provisionamento seria a atitude correta de uma empresa transparente e previdente é não o contrário. Agora, provisionar com o que? De qualquer maneira esta autuação vai ser um fatasma rondando o ativo ou uma dúvida constante que influenciará no preço do ativo. O certo é as empresas não deixarem pendências se eternizarem, lá na frente juros e correção monetária tornam dívidas impagáveis caso percam as ações.


                                                                   14 Março de 2013 ou a desistência dos investimentos no Chile ou a prova de que Eike queria abraçar o mundo. Os membros do seu Conselho de Administração aprovaram, nesta data, a desistência do projeto de investimentos da Companhia em ativos localizados no Chile, bem como o reconhecimento dos seus efeitos contábeis nas Demonstrações Financeiras de 2012. Havia  uma decisão judicial que paralisava a construção paralisdava, em Atacama, a construção da central térmica Castela, pertencente ao mesmo grupo de Eike. Se uma empresa não tem dinheiro para tocar o seus projetos no Brasil, o que motivou a ida para o Chile? Tudo indica que foi apenas especulação, a crença na valorização infinita do minério de ferro. Aquele ditado que fala que é arriscado dar um passo maior que a perna vale e muito para qualquer empresa. As condições econômicas no mundo mudam constantemente.


                                                                      4 de Junho de 2013. Mineração e Metálicos suspendeu, temporariamente, a produção de minério de ferro na Unidade Corumbá (MS) por um período de seis meses, com início neste mês. Haver´´a e missões de funcion´´arios. Finalmente, digo, a mis´´eria absoluta se aproxima do ativo ou uma recuperação judicial.  Infelizmente esta ´´e a realidade não s´´o da empresa mas do Brasil, bancarrota no horizonte.

 

 






 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pujança e miséria dos ativos, ELET3, ELET5 e ELET6 ou Eletrobras




Fechou o ano de 2011 ou em 29/12/2011
valendo a quantia de R$ 26,85.
                                                      

                                                   



                                                             A empresa. A criação da Centrais Elétricas Brasileiras ou Eletrobras foi proposta em 1954 pelo presidente Getúlio Vargas. O projeto enfrentou grande oposição e só foi aprovado após sete anos de tramitação no Congresso Nacional. Em 25 de abril de 1961, o presidente Jânio Quadros assinou a Lei 3.890-A, autorizando a União a constituir a Eletrobras. A instalação da empresa ocorreu oficialmente no dia 11 de junho de 1962, em sessão solene do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica ou CNAEE, no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente João Goulart. Em 2004, a nova regulamentação do setor excluiu a Eletrobras do Programa Nacional de Desestatização (PND). Atualmente, a companhia controla 12 subsidiárias – Eletrobras Chesf, Eletrobras Furnas, Eletrobras Eletrosul, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras CGTEE, Eletrobras Eletronuclear, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Piauí e Eletrobras Distribuição Alagoas, uma empresa de participações, Eletrobras Eletropar, um centro de pesquisas, Eletrobras Cepel, ainda, detém metade do capital de Itaipu Binacional, em nome do governo brasileiro. A Eletrobras tem capacidade instalada para a produção de 42.080 MW, e 58.361,32 km de linhas de transmissão.

 
 
                                                                            A nefasta e nefanda inteferência do governo. A empresa é boa uma vez que energia elétrica encontra comprador certo, ninguém vive sem energia elétrica e todo o ano o seu consumo aumenta, já o governo é ruim. Por influência do governo,  a Eletrobrás entre com participações relevantes do capital em projetos mirabolantes como a usina de Belo Monte. Outro fato é o loteamento de cargos pelo governo federal, ocupado por pessoas sem nenhum comprometimento com o objetivo principal de uma empresa que é de gerar lucros. A companhia costuma, por meio de subsidiárias, ser bastante agressiva em leilões de concessões para a construção de hidrelétricas e linhas de transmissão, cobrando tarifas de energia que mal remuneram o investimento. Os governos agem desta maneira para se perpetuarem no poder. Não há dinheiro suficiente para enganar uma população inteira, então, a saída é atacar as empresas estatais. Não há  empregos suficientes no mundo, mormente, para os incompetentes, então, a saída é colocá-los pela porta dos fundos, sem concursos, nas empresa estatais e com a circunstância agravante deles serem bem remunerados. Isto explica o desconto do ativo em relação aos seus pares e o risco de se investir nestes ativos, pois a qualquer momento pode haver um desabamento das cotações por interferência governamental.
                                                                             
 
                                                                            O ano triste de 2011. Os papéis mais negociados da empresa ou ELET6 acumularam uma valorização de 0,5% em 2011. Já Outras empresas do mesmo ramo como Cemig +29,8%, CPFL +26,3% ou Cesp +22,4%.
 
 
 
 
                                                                                       Assunção da CELG em Janeiro de 2012 ou um caso clássico de interferência política. A notícia que saiu é que a Eletrobras irá assumir a Celg. Qual o objetivo? A Celg está endividada, em razão dos políticos goianos terem acabado com a empresa. A Eletrobras ficará com 51% da CELG distribuição e pagará as dívidas desta empresa. A dívida da Celg chega a fábula de R$ 6,3 bilhões e a Eletrobras é credora de quase dois bilhões. É incrível como uma em,presa sem concorrência como a CELG tem uma dívida destas, a empresa deveria é de dar lucro ao Estado e agora é repassada, a maioria dos goianos, como todo o brasileiro, nem ficaram sabendo desta arte dos políticos. A imprensa não fez o debate e o escândalo que o caso merecia, ficou tudo por isso mesmo. Nenhuma improbidade administrativa foi apurada, todos os políticos passam muito bem. Antes esta empresa tinha uma hidrelétrica que levou vários anos na sua construção, à custa do povo, depois, esta  jóia da coroa foi privatizada no finalzinho de um mandato de governador, uma loucura, e a CELG passou a comprar energia para revender. Os destruidores da CELG foram reeleitos em sua maioria. Assim, temos um risco exposto, como se fosse uma fratura exposta, do ativo ou outras empresas quebrarão e a Eletrobras assumirá as suas dívidas.
 
                                                               
                                                                                Novembro de 2012, a Eletrobras diz que pode assumir a CEA ou Companhia de Eletricidade do Amapá.  A Eletrobras assinou dia 12 de Novembro de 2012 um protocolo de intenções, no qual visa assumir o controle da Companhia de Eletricidade do Amapá  ou CEA. Na nota, a Eletrobras explica que a companhia participará  do saneamento financeiro da CEA e assuma a gestão por meio da aquisição do controle acionário. O modelo do acordo é o mesmo entabulado com a CELG. Outro fato negativo para os ativos.

 
                                                                    Terceiro trimestre de 2012. A estatal divulgou lucro líquido consolidado de 1 bilhão de reais no terceiro trimestre, abaixo dos 1,56 bilhão de reais no mesmo período do ano passado. A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de julho a setembro foi de 1,52 bilhão de reais, acima do 1,08 bilhão de reais em igual período de 2011. A receita líquida no trimestre até setembro foi de 8,38 bilhões de reais, maior que os 7 bilhões de reais um ano antes.



          
                                                                            O dia em que o papel ELET6 perdeu 11,5% ou 16/11/2012. O papel perdeu 11,5 por cento neste dia, batendo o martelo em R$  11,60 reais. Foi a maior queda diária de fechamento desde 12 de novembro de 2008, a menor cotação desde setembro de 2005. Qual o motivo? Por ser uma estatal, manipulada pelo governo, afirmou que vai acertar os termos da Medida Provisória número 579/2012. Esta medida antecipa a renovação das conceções que vencem entre 2015 e 2017. A medida é ilegal por não honrar contratos assinados por um governo legítimo. O governo está usando a Eletrobras para aceitar a renovação e, por tabela, pressionar as demais empresas do setor. Esperava receber 30 bilhões de reais em indenização  e só vai receber R$ 13,9. O outro motivo da queda é este, os investidores acham que vale mais o governo acha que vale menos, os valores incluem indenizações pelas usinas hidrelétricas de Xingó, Paulo Afonso IV, Luiz Gonzaga (Itaparica), Apolônio Sales ou Moxotó e Boa Esperança ou Castelo Branco, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco ou Chesf; Corumbá I, da Furnas Centrais Hidrelétricas; e Coaracy Nunes, da Eletronorte. As linhas de transmissão da Eletrobras que serão indenizadas pertencem à Chesf, Eletronorte, Eletrosul e Furnas.


                                                                               Outra grande queda em 17/11/2012 de 15,4%. Neste dia o Barclays afirmou que o ativo valeria só um real. A queda foi de mais de 15% e o ativo ELET6 bateu o martelo em R$ 9,81.


                                                                               Dívida imensa. O governo não está intervindo em uma empresa sem dívidas, ao contrário, a dívida da empresa cresceu 107,83% entre um ano e outro cravando os R$ 21 bilhões. São 21 bilhões que podem aumentar e muito uma vez que a empresa projeta redução dos lucros em quase zero, uma das razões das duas quedas históricas acima.


                                                                    O agir correto. Qual o agir correto do governo para reduzir o preço da energia elétrica? Primeiramente, ninguém pode negar que a energia elétrica do Brasil é uma das mais caras do mundo, é um fato notório que retira competividade do país. O agir correto, o agir ético, é simples e quase impossível de ser feito, uma reforma tributária em cima da energia em que os tributos sejam cortados com vigor. Só que o Estado brasileiro não tem como diminuir a tributação, pois as suas despesas só fazem aumentar. O número de pessoas que mamam nas tetas municipais, estaduais e federais é imenso.  São os comissionados, obras superfaturadas, gigantismo do Estado e etc., tudo sorvendo com sofreguidão estas tetas deliciosas de hidromel. Dos comissionados, muitos não vão ao trabalho nem para receber, recebem on line e conferem o salário pela internet, sinal dos tempos. Por outro lado, temos programas sociais em que o cidadão é educado em receber sem uma contraprestação à altura, como se o Estado pudesse resolver o problema de toda uma população. A corrupção desmerece comentários. Um exemplo da loucura arrecadatória do governo brasileiro foi a tentativa de ressuscitar a CPMF pelo PT, recentemente, algo que nunca devemos esquecer. Houve gritaria geral e o governo recuou. A arrecadação do governo está paralisada nestes últimos meses de 2012, a vontade de cobrar mais impostos é intensa. Em realidade, nas democracias, há um pacto de mediocridade entre o povo e o governo que prefere as soluções de curto prazo, uma vez que elas são demagógicas e têm o poder de iludir a população. É o mesmo pacto que conhecemos entre o professor que finge dar aula e, os alunos que fingem em aprender e vão passando de ano. No caso, os alunos ficam iludidos com um falso ganho e o professor evita problemas. Assim, como sempre, é melhor que os outros paguem a conta da luz ou como diziam os nossos avôs,  o governo faz graça com o chapéu alheio. Depois das graças chegam as desgraças. A sorte do Brasil neste final de 2012 é que parece-nos que o dinheiro não tem pra onde correr no mundo nestes tempos bicudos. Isso explica a relativa pujança brasileira em relação a outros países e os desmandos do governo. Mudanças estruturais só no caos completo.


                                                                                             Carta da gestora Slkagen ao pessoal da Eletrobras em 12 de Novembro de 2012. Os diretores da Eletrobras deveriam de responder juridicamentr pelo fato de aceitarem a MP 579, lesiva aos verdadeiros donos da empresa ou aos seus acionistas minoritários que deveriam de ter proteção especial. O risco de insolvência mencionado na carta, bem como,  a baixa contábil de 40 bilhões de reais em ativos são preocupantes tendo em vista o passivo mencionado acima. De qualquer maneira, o pessoal da Skagen não gostou do veneno do governo. Outro fato, eles estavam enganados com o Brasil e parece que dormiram no ponto e ficaram segurando o mico na mão ou presos em valores altos. O Brasil é um país que não honra contratos, honra quando é conveniente e sob pressões, aliás, em momentos difíceis, ninguém honra. Pensem nos calotes da Grécia e da Argentina. Nestes casos, um investidor individual teria melhores condições de pular do barco com disciplina e stop loss armado do que este fundo que tem milhões de ativos. No entanto, um dos nossos erros como pequeno investidor é acreditarmos demais e apaixonarmos ou acostumarmos com os nossos investimentos e, por isso, não pulamos do barco no momento exato. É muito difícil executarmos o pulo do gato, aí é que está o perigo. As coisas na bolsa fluem com muita rapidez, se fechamos os olhos por um segundo, adeua viola. Por outro lado, a grande regra das notícias é que elas mais obnubilam  do que esclarecem, ou seja, MP 579 não foi tão clara quando foi editada. Toda notícia de impacto leva um tempo para ser digerida e este tempo pode ser fatal. Parte do segredo, no mundo dos negócios, pode estar nesta última regra. Vamos a carta:

São Paulo, 12 de Novembro de 2012.
Sr. Marcio Pereira Zimmermann
Presidente do Conselho de Administração da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras
Com cópias para:
Sr. Beto Ferreira Martins Vasconcelos
Sr. José Antonio Correa Coimbra
Sr. José da Costa Carvalho Neto
Sr. Lindemberg de Lima Bezerra
Sr. Mauricio Muniz Barretto de Carvalho
Sr. Thadeu Figueiredo Rocha
Sr. Wagner Bittencourt de Oliveira
Sr. Miguel Colasuonno
Sr. Marcos Aurélio Madureira da Silva
Sr. Valter Luiz Cardeal de Souza
Sr. José Antonio Muniz Lopes
Sr. Armando Casado de Araujo
Prezados Senhores,
Os fundos de investimento SKAGEN Kon-Tiki Verdipapirfond, SKAGEN Global Verdipapirfond, SKAGEN Global II Verdipapirfond, SKAGEN Global III Verdipapirfond, SKAGEN Vekst Verdipapirfond e SKAGEN Vekst III Verdipapirfond (em conjunto denominados simplesmente como “SKAGEN”), geridos por SKAGEN AS, sociedade gestora de recursos constituída de acordo com as leis da Noruega, com sede em Skagen 3, na Cidade de Stavanger, Noruega (em conjunto denominados simplesmente como “SKAGEN”), na qualidade de acionistas da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras (“Eletrobras” ou “Companhia”), proprietária de 10.494.968 (dez milhões, quatrocentas e noventa e quatro mil, novecentas e sessenta e oito) ações ordinárias (ELET3), 46.335.446 (quarenta e seis milhões, trezentas e trinta e cinco mil, quatrocentas e quarenta e seis) ações preferenciais (ELET6) e 423.000 (quatrocentas e vinte e três mil) ADRs (EBR) emitidas pela Eletrobras, representados por seu procurador abaixo assinado, diante das relevantes mudanças no arcabouço jurídico do setor de energia em vias de serem implementadas, gostariam de apresentar a V.Sas., em sua qualidade de membros do Conselho de Administração da Eletrobras, as seguintes observações e solicitações.
Antes de mais nada, SKAGEN esclarece que entende que fomentar o desenvolvimento econômico está no centro da agenda do Governo Federal, e que a razoabilidade dos preços da energia é certamente uma ferramenta importante para assegurar tal propósito. Em outras palavras, SKAGEN reconhece integralmente o propósito que motivou a edição da Medida Provisória nº 579, publicada em 11 de setembro de 2012 (“MP 579”).
Entretanto, como é de ciência de V.Sas., as novas regras introduzidas pelo Governo Federal por meio da MP 579 exigirão decisões cuidadosas tanto dos Diretores quanto dos membros do Conselho de Administração das companhias que detêm concessões outorgadas pela Agência Brasileira de Energia Elétrica (“Aneel”).
A MP 579 estabelece que todas as companhias que detenham concessões de geração de energia que terminem entre 2013 e 2017 deverão tomar decisão quanto à renovação de tais concessões nas próximas semanas, sendo certo que as renovações somente serão permitidas para as companhias que se sujeitarem às drásticas mudanças de regras, inclusive em termos econômicos, apresentadas pelo Governo.
Por exemplo, uma das condições para a renovação das concessões é que as companhias poderão refletir, nos preços da energia, somente os custos de operação e manutenção das usinas hidrelétricas, os quais ainda serão calculados pela Aneel. Isso se traduziria na expressiva redução dos preços da energia em até 70% (setenta por cento).
Ademais, as regras para a indenização pelos ativos não depreciados das companhias que optem por aceitar os termos para renovação das concessões permanecem obscuras. Desnecessário dizer que as diferenças de opiniões entre as companhias e as autoridades federais de energia poderão resultar em perdas relevantes para as companhias.
Além de provocar essas perdas, a aceitação dos termos da MP 579/12 prejudicará, de forma severa, a capacidade da Eletrobras de investir na expansão da infraestrutura elétrica no Brasil – razão principal da sua criação pela Lei 3.890-A/1961, a qual estabelece, em seu Artigo 2º, que “A ELETROBRÁS terá por objeto a realização de estudos, projetos, construção e operação de usinas produtoras e linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como a (VETADO) celebração dos atos de comércio decorrentes dessas atividades.”
Finalmente, tendo em vista que as novas regras foram criadas por meio de uma medida provisória, o Congresso Nacional ainda tem a possibilidade de rever os termos da MP 579/12 antes de sua conversão em lei. Isso significa que há possibilidade de mudanças dos atuais termos apresentados às concessionárias. Se considerarmos que as companhias estão sendo exigidas a firmar novos contratos de concessão em 04 de dezembro de 2012 como condição para a renovação das concessões, é ínfimo o tempo disponível para uma discussão apropriada e a devida análise da matéria, ainda em um contexto de incertezas.
A reação do mercado frente às novas regras foi bastante negativa, como inquestionavelmente demonstra a queda de US$ 20 bilhões no valor de mercado das companhias do setor. Os acionistas sofreram perdas expressivas, uma vez que as ações foram reavaliadas a preços que refletem o impacto das novas regras.
Diante disso, a SKAGEN acredita firmemente que a aceitação dos termos e condições quanto à renovação das concessões conforme previsto na MP 579 não se encontra no melhor interesse da Eletrobras, por conta, especialmente, da falta de clareza dos termos aplicáveis a partir de 4 de dezembro de 2012.
As demonstrações financeiras da Companhia, revistas e aprovadas por este Conselho de Administração, indicam números que estão totalmente inconsistentes com os termos exigidos para a renovação das concessões. A SKAGEN, e certamente outros acionistas, gostariam de saber qual será a posição dos membros do Conselho de Administração frente a esta situação.
Os termos da renovação, do ponto de vista da SKAGEN, são inaceitáveis, pois eles não refletem a realidade da Eletrobras, refletida em suas demonstrações financeiras, causando uma significativa deterioração do valor da Companhia. Este Conselho deve, portanto, determinar que a Companhia se posicione e exija uma discussão dos termos da MP 579 que resulte num acordo justo e equilibrado.
A renúncia recente do conselheiro independente da Eletrobras, bem como os comentários do mercado de que a Eletrobras pode ser a única companhia do setor a aceitar plenamente os termos apresentados pela MP 579, oferecem claros sinais de que a decisão pela renovação não seria no melhor interesse da Companhia.
A Lei das Sociedades por Ações, seguindo um padrão consagrado mundialmente, estabelece o dever de lealdade dos membros do Conselho de Administração e dos Diretores, que devem atuar sempre mirando o interesse da companhia, e não do acionista que o elegeu ou de qualquer outro acionista. Adicionalmente, o dever fiduciário de diligência impõe aos membros do Conselho de Administração e aos Diretores o emprego, no exercício de suas funções, do cuidado e da diligência que todo homem ativo e probo costuma adotar na administração de seus próprios negócios.
Portanto, durante a avaliação dos méritos dos termos apresentados pelo Governo na renovação das concessões, os membros do Conselho de Administração deverão considerar, acima de qualquer outro interesse, o da própria Eletrobras. Esse é o único modo de assegurar o exercício regular do mandato dos membros do Conselho de Administração. Com efeito, a SKAGEN ratifica o entendimento manifestado pela AMEC (Associação de Investidores no Mercado de Capitais) em sua carta aberta endereçada a V.Sas. em 4 de outubro.
Isso significa igualmente que, antes de tudo, é dever deste Conselho de Administração conduzir uma revisão cuidadosa dos termos de renovação das concessões das subsidiárias da Companhia, incluindo a contratação de empresas especializadas (na medida do necessário) para analisar minuciosamente a MP 579 e seus potenciais impactos sobre os interesses da Eletrobras.
Do mesmo modo, já que as condições refletidas na MP 579/12 causaram e poderão causar danos ainda maiores para os acionistas, SKAGEN acredita que este Conselho de Administração deve convocar uma Assembleia Geral de Acionistas para discutir e decidir qual deveria ser a decisão da Companhia.
SKAGEN está ciente da qualidade de sociedade de economia mista que tem a Eletrobras. Contudo, tal condição não exime qualquer de seus Diretores e Conselheiros de seus deveres e responsabilidades, nem de modo algum os altera ou atenua. A Lei das Sociedades por Ações (Artigo 239, Parágrafo Único) determina que “os deveres e responsabilidades dos administradores das companhias de economia mista são os mesmos dos administradores das companhias abertas”.
Além das questões acima descritas, este Conselho deverá levar em especial consideração que, caso aceitem os termos de renovação da forma que se apresentam, isso significará, para a Eletrobras:
(i) A renúncia de valores referentes aos ativos de transmissão não depreciados estimados em R$10 bilhões;
(ii) A renúncia de R$6 bilhões por ano, aproximadamente, correspondentes a receitas decorrentes das concessões;
(iii) A exposição da Companhia custos mais elevados de contratação de dívidas em decorrência da potencial redução da classificação de riscos por agências de rating (conforme, inclusive, já advertido pela Fitch);
(iv) A aceitação do término automático de futuras licenças a partir de 2019, que poderá impor novas baixas contábeis; e
(v) A exposição da Companhia a risco de insolvência, com a baixa contábil de aproximadamente R$ 40 bilhões em ativos.

Desnecessário dizer que tais consequências negativas, todas específicas à Eletrobras, podem também contribuir para um impacto negativo sistêmico no mercado brasileiro como um todo, dada a posição dominante no setor e a relevância de mercado da Eletrobras. Não seria surpreendente ver um aumento de ceticismo por parte de investidores estrangeiros com relação ao mercado brasileiro, especialmente com relação aos valores mobiliários das concessionárias de serviços públicos.
Por outro lado, caso este Conselho se posicione objetivando uma discussão construtiva com as entidades governamentais com vistas a alcançar termos mais equilibrados para a renovação das concessões, certamente surgiriam diversas consequências positivas para a Companhia.
Com efeito, a administração teria tempo para preparar os ajustes necessários da estrutura de custos das concessões que estão prestes a expirar. No mesmo passo, a Companhia estaria apta a negociar um acordo sob o qual ela não só receberia, durante o período remanescente, os montantes integrais em contrapartida da energia produzida sob as concessões existentes, mas também a adequada indenização pelos ativos de transmissão e geração não-depreciados.
A SKAGEN acredita que este Conselho considerará cuidadosamente a situação existente e agirá no melhor interesse da Companhia, conforme exigido pela lei. Neste sentido, a SKAGEN permanece à inteira disposição de V.Sas. para discutir os comentários mencionados acima mais detalhadamente, com vistas a auxiliar a administração da Eletrobras na adoção das medidas necessárias para evitar consequências adversas em decorrência da MP 579.
Nesse cenário, o objetivo desta carta é reiterar a este Conselho seu dever de agir em prol dos interesses da Companhia e não dos interesses do acionista majoritário ou de quaisquer outros interesses.
Os integrantes deste Conselho devem levar em consideração que sua falta de ação no estrito cumprimento de seus deveres fiduciários resultará em medidas pela SKAGEN objetivando a apuração da responsabilidade dos Diretores e membros do Conselho de Administração da Eletrobras.
Atenciosamente,
SKAGEN Kon-Tiki Verdipapirfond
SKAGEN Global Verdipapirfond
SKAGEN Global II Verdipapirfond
SKAGEN Global III Verdipapirfond
SKAGEN Vekst Verdipapirfond
SKAGEN Vekst III Verdipapirfond.



                                                                      Queda histórica de 20,08% em um único dia. No pânico o ativo ELET6 caiu 20,08% na data de 21/11/2012 e bateu o martelo no valor de R$ 7,84. A MP 579/12, por sinal é de 11 de Setembro, mesmo dia e mês da tragédia ocorrida nos Estados Unidos. A data parece ter sido escolhida a dedo pelo governo.


                                                                        Os dirigentes da Eletrobras não podem convocar assembléia para concordarem com a medida provisória número 579, por uma questão de ética. Um dos principais acionistas pessoa física da Eletrobras ou Eduardo Duvivier Neto, vai encaminhar uma queixa sobre a MP 579 e a possibilidade da companhia, controlada pela União, concordar com a renovação antecipada das concessões, agora em Novembro de 2012. O problema da estatal é este, a estatal pegar o dinheiro alheio e fazer mal uso dele, tudo com uma falta de ética espetacular, assombrosa e cruel. Quem confiou na empresa pode estar arrruinado. O caso, se a nossa Justiça funcionasse considerando a ética em todo o seu esplendor, iluminando a mais fina justiça,  é de responsabilidade pessoal ou responsabilidade com os próprios bens pessoais dos dirigentes da cestatal. Se existe o interesse governamental, existe o interesse econômico. As leis não podem romper as regras do jogo bruscamente, estamos vivendo um capitalismo ditatorial. O cidadão acima tem razão. A empresa não devia de negociar ações no mercado, assim, poderia fazer o que quisesse em termos.  





 

sábado, 10 de novembro de 2012

Pujança e miséria dos ativos MNDL3 e MNDL4 ou Mundial

 
















Divulgação do esmalte Impala da Mundial.
Uma bela foto
 
 

 
                                                                                        A empresa. A Mundial, fabricante de itens de cuidados pessoais, utensílios domésticos é uma empresa que permanece no mercado  por mais de um século. Ao longo de seus 115 anos, no início, foi fabricante de ferraduras para cavalos e artigos de cutelaria, até se consolidar na fabricação de produtos para cuidados pessoais, como os alicates que deixaram a marca conhecida. A empresa opera com três divisões voltadas para os mercados corporativo e de consumo: a linha Personal Care, que abrange alicates, tesouras, lixas e esmaltes, a linha Gourmet, de talheres, e a linha Fashion, voltada para a produção de aviamentos destinados às indústrias de confecção e calçados. Há ainda uma divisão menor, a Syllent, remanesceste da época em que a companhia fabricava motores elétricos e que consiste em produzir hidrobombas para utilização em banheiras e piscinas. A divisão Personal Care é a que mais colabora para o faturamento da empres. Um dos responsáveis pelo sucesso desta linha são os esmaltes da marca Impala, adquirida pela Mundial em 2008. A Argentina é o principal destino das exportações da Mundial, principalmente dos segmentos gourmet e personal care.

                                                                                       
 ...É algo assim, nós devemos mas temos muito para receber de nós mesmos...
                                                                                                   

                                                                         Na data de 19 de julho de 2011 a ação MNDL3 da Mundial fechou nos incríveis R$ 7,01 com alta de 14.92%. Nesta data se nós fizéssemos uma análise mais elementar do ativo como dividir o patrimônio pelo lucro líquido ou o famoso P/L nos encontraríamos um número bem superior a 100 ou em outras palavras qualquer dinheiro investido levaria mais de 100 anos para a recuperação do dinheiro, um absurdo. Empresas boas como a Petrobras e Vale muitas das vezes estão com o P/L abaixo de 10. Em razão desta análise simplória qualquer pessoa veria que se tratava de uma manipulação até grosseira levado a cabo por grandes investidores que compravam grandes quantias levando os incautos a entrarem no bolo e quando ele cresceu muito, certamente, estes investidores são os primeiros a saírem deixando os pequenos com os famosos micos nas mãos. Foi isto que aconteceu quando a coisa literalmente estourou três dias depois. O prejuízo para quem ficou a ver navios foi de mais de 86%, pois a ação foi parar nos R$ 0,69. Muitos entram nestes barcos furados imaginando que estão entrando em uma HGTX3, que alguns anos atrás era inexpressiva mas apresentou um sólido crescimento, o que ficou nítido na valorização vista por suas ações em 2009 +287,68% e 2010 +183,26%. O que o mercado dá, ele acaba tomando de volta, ao bater nos R$ 7,01, no outro dia, ou seja, em 20/7/2011 o ativo caiu 14,41% indo para R$ 6,00, no dia 21 caiu mais 34,75% e bateu o martelo em R$ 3,98 e para fechar com chave de ouro o precipício na data de 22 caiu os espetaculares 76,38% indo para R$ 0,98, o seu verdadeiro lugar ou na casa dos centavos. Foram três dias de choque de realidade.
                                                                                         
...Michael Lenn Ceitlin, Presidente da Mundial...





                                                                                          Polícia Federal e CVM na jogada. Nunca se esqueçam que esta suposta manipulação do ativo foi denunciada e a Polícia Federal esta na jogada, inclusive investigando o controlador da empresa. É um fato relevante que deve ser sempre sopesado na compra do ativo por aqueles que fazem swing trade. Só que este jogo é difícil de ser ganho pelos pequenos investidores, pelas sardinhas otimistas, algumas ganham,  nestas condições suspeitas. Nunca entre em jogo desigual, olhando o mercado pela Teoria dos Jogos. O agir corretíssimo, sempre, no superlativo absoluto sintético, é exigível.

...um novo projeto de comunicação com o mercado...


                                                                   


                                                                                     O relatório da polícia federal. A Polícia Federal acusa Ana Borges, Pedro Barin Calvet, Ferri, e Michael Lenn Ceitlin, este último presidente da Mundial, de formação de quadrilha, uso de informação privilegiada e manipulação de mercado. Ferri entra no ocorrido estrelando o papel de possuidor de 10 milhões de ações da empresa em 2010, por isso tinha ligações com o Presidente da Mundial. Este ato procedimental na apuração dos crimes esclarece que o plano de manipulação das ações da Mundial nasceu no término de 2010, quando Ceitlin e Ferri montaram um novo projeto de comunicação com o mercado.Tal plano segundo as investigações incluía a maquiagem dos fundamentos. A empresa endividada em 400 milhões de reais tinha em seus balanço créditos a receber no valor de 279 milhões da Hércules. Só que esta devedora, fabricante de talheres e utensílios de cozinha, é também  controlada por Ceitlin. É algo assim, nós devemos mas temos muito para receber de nós mesmos. Se for verdade este fato, a fraude é de exatos 279 milhões mais os rendimentos. Uma fraude milionária.  No informe financeiro constava que a Mundial estava recebendo cerca de 30 milhões de reais em um ano da Hércules relativos ao pagamento dos juros dessa dívida. No entanto, só um milhão de reais havia sido pago em um ano. Um milhão está distante anos-luz de 30 milhões. Como reforço na estratégia foi contratada a agência Compliance, de Ana Borges, para apresentar a Nova Mundial aos investidores. As melhoras da empresa foram divulgadas aos quatro ventos. Houve euforia e entusiasmo pelos desavisados. Houve reuniões, a primeira delas, intermediada por Clodoir Vieira, marido de Ana Borges, ocorrida na corretora Souza Barros no dia 6 de abril de 2011. Ali Ceitlin explanou como a Mundial aumentaria suas receitas, quitaria sua dívida para passar a fazer parte do Novo Mercado. Novo Mercado é o segmento mais transparente da bolsa. Continuando, segundo o relatório Ferri comprava e vendia a mesma quantidade de papéis da Mundial todos os dias, por meio de diferentes corretoras para aumentar sua liquidez diária. Não adianta termos um papel se ele não tem liquidez, se ela não é vendido com facilidade. O bom das ações é a liquidez diária, neste aspecto pode ser melhor que a poupança. No ano de 2011 a empresa soltou 123 comunicados ao mercado, em 2010 apenas 11. Pump and dump. Significa bombar e descartar, este método ou pump and dump pode ser considerado manipulação de mercado.  O dia em que as ações subiram 15%. No dia 18 de julho de 2011, a companhia anunciou que um fundo da gestora americana Yorkville Advisors investiria 50 milhões de dólares, no outro dia as ações subiram quase 15%. Ferri teria tido esta informação.

- Vamos colocar o plano em prática e aumentar a exposição









- Beijo, te cuida, e quero ver o milagre da multiplicação das ações.


(As mensagens trocadas por e-mail entre Rafael Ferri, fundador da Quantix, uma empresa de investimentos e a jornalista Ana Borges, sócia da agência de comunicação Compliance.)

                                                                                              Conversão do ativo MNDL4 no ativo MNDL3 em 29 de fevereiro de 2012. A empresa confirmou a conversão da totalidade de ações preferenciais da companhia em ações ordinárias, na proporção de 0,8 ação ordinária para cada uma ação preferencial.  De acordo com o comunicado, o dia 3 de março de 2012 será o último dia de negociações na Bovespa de ações preferenciais da companhia sob o código MNDL4, que será cancelado no final deste dia.
                                                                            


                                                                                               Primeiro trimestre de 2012. Mundial obteve prejuízo de R$ 4,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, frente a uma perda de R$ 6,2 milhões no mesmo período do ano passado. Com a desaceleração do setor industrial, a empresa viu uma menor demanda por seus produtos, sobretudo por seus clientes do setor de confecções. A receita líquida recuou 21%, para R$ 75,1 milhões.

                                                                                             Segundo trimestre de 2012. Reportou prejuízo líquido de R$ 2,55 milhões no segundo trimestre deste ano, 73,7% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. A receita líquida da companhia somou R$ 99,89 milhões, 20,8% acima da registrada no segundo trimestre de 2011. Culpou a piora do mercado mundial e o efeito sentido na economia interna brasileira.


                                                                                       Bolha do Alicate e esclarecimento das investigações. O aumento das ações da Mundial sem fundamentos foi apelidado de Bolha do Alicate. Só depois da absolvição dos envolvidos neste caso é que poderíamos comprar este ativo. As acusações são sérias. Se verdadeiras a empresa deveria de ser banida da bolsa. Entrar, pura especulação ou loucura. Este crédito da empresa Hérculees é nebuloso. A CVM demora muito, é um absurdo. O certo era o ativo ficar suspenso. O agir correto, é exigido em benefício dos minoritários. A CVM deveria de ter uma força tarefa para dar uma resposta rápida a casos enigmáticos como este. Este é um caso clássico que a análise fundamentalista também é suspeita uma vez que o papel e a pedra digital aceitam qualquer coisa, inclusive crédito de si mesmo, através de uma engenharia financeira. Assim, nem análise fundamentalista é confiável. Se a análise técnica tem as suas limitações, a fundamentalista pode estar contaminada pelo vírus da fraude. No fundo temos é análise superficialista.  A coisa está tão ruim para o ativo MNDL3 que ele na data de 9 de Novembro de 2012 bateu o martelo em R$ 0,16.
                                                                                 Reagrupamento. Na data de 4 de maio de 2013 o ativo fechou nos míseros R$ 0,09. Com o reagrupamento na proporção de uma ação multiplicada por cem, conta que vale para a data de 6 de maio de 2013, o pregão inicia-se neste dia com o preço em R$ 10,80. É a mágica da matemática, é a prova que um ativo pode cair infinitamente. O valor zero não é o infinito como muitos pensam e por meio da matemática podemos criar números próximos de zero de maneira infinita em relação a qualquer ativo cotado na bolsa de valores. Temos observado que um mico quando reagrupado geralmente volta a cair, inclusive, provoca novo reagrupamento com o passar do tempo. Novo centaviamento é bem possível uma vez  que valor de algo  é sempre lucro, governança corporativa, ausência de dívidas e outros fatores, características ausentes no case. Ninguém deve ficar impressionado com qualquer número e dizer, exemplificativamente, está em centavos, então, está barato demais. A frase é boa, o fundamento do discurso, péssimo. De qualquer maneira, quem especula com profissionalismo ainda consegue tradear nas ondas de alta e baixa destes ativos. Mas isto é para poucos, muito poucos.  Destarte, o risco é imenso. Se ocorrer valorização consistente e duradoura após um reagrupamento de ativos micados, é questão de exceção à regra.