Total de visualizações de página

quinta-feira, 28 de março de 2013

O Morto


 
                                                                           
A palavra cemitério deriva do latim coemeterium , que significa fazer deitar e foi empregada pelos primeiros cristãos para designar os terrenos destinados ao sepultamento dos mortos. Para quem gosta de necroturismo, o Cemitério Nacional de Arligton nos Estados Unidos é uma boa pedida. Localiza-se na Virgínia, é o mais tradicional cemitério militar americano. A extensão da área é de 4000 m2, onde estão enterradas mais de 360 mil pessoa. Combatentes de todas as guerras americanas estão aqui. Certamente o Morto gostaria de dar uma passadinha por aqui em seu sonho metafísico e visitar o túmulo  do ex-presidente John F. Kennedy.


                                                             
                                                                           ...Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas...(Machado de Assis, 1.839-1.908. O bruxo do Cosme Velho)


                                                                            O mais certo dos fatos físicos era que o defunto havia morrido de morte morrida. No seu velório estavam a sua mãe chorosa vestida de preto, outros parentes compadecidos, os adjacentes vizinhos e os costumeiros políticos paroquiais que não perdiam estes rituais por nada nesse mundo. O Caixão era vistoso, de última geração. As velas aromáticas com folhas tenras de erva-cidreira em volta iluminavam o início do caminho do nosso rijo de cujus. Este estava impecavelmente bem-vestido com a sua roupa domingueira e tradicionalmente coberto com as devidas pétalas de rosas brancas e vermelhas. Todas estas circunstâncias fúnebres davam sentido às sombras gloriosas e inarredáveis que encobriam sua precoce e inexplicável morte.

                                                      No meio da cerimônia, sem mais e sem menos, sem nenhuma explicação científica, o defunto, moço levíssimo como o rebelde ar, levantou a sua mão esquerda, maravilhosamente lívida, em slow motion e apertou com força a sua boca como quem tentava segurar alguma coisa inadiável e, depois de um punhado de tempo, abandonou este gesto de aspecto misterioso, soergueu-se serenamente e, colocou uma perna para fora do caixão e depois a outra, ficando ali sentado por alguns segundos e, em seguida,  saltou do féretro espalhando pétalas de rosas por todos os lados. Tentava sorrir, como não sentia o corpo,  ficou  dando uns pulinhos de alegria para sentir as pernas vivas, tudo com o intuito de recuperar a elástica e prazerosa infantilidade do corpo perdida tragicamente. Ao depois, girou os olhos como se fosse uma filmadora e encarou o vão da porta sólida com olhos encantados de sonhos explícitos de fuga e planejou dar às de vila-diogo daquele ambiente funesto, fugir do misterioso velório. Contudo, logo desistiu da empreitada, viu que as suas forças estavam nos limites, tudo agravado pelos pulinhos, sentia que não conseguiria dar mais nenhum passo.

                                      Sua mãe sempre vigilante na cerimônia, percebendo a manobra, se aproximou do caixão e, delicadamente, pegou-o pelo braço e lhe deu um longo abraço, um abraço memorável em que olhava para o seu filho com rosto apaixonado e o apertava seguidas vezes, o que chamou a atenção de todos, mormente, dos políticos. Estes ficaram boquiabertos, atentos e surpresos com a sua técnica perfeita de abraçar, com a verdadeira espiritualidade e sinceridade de um abraço, em resumo, um abraço energético e convincente que desmoronaria qualquer resistência humana por mais sólida que fosse. E ficaram imaginando como poderiam imitá-la. Sua mãe, com uma voz suave sentenciou tentando resolver as coisas sem escândalo:

 
                                          -Never more, você está morto, volte imediatamente para o seu lugar, tudo já está preparado, tenha fé! Por outro lado, a morte e os devidos impostos são as únicas certezas matemáticas da vida! Obedeça, revertere ad locum tuum, volte para o seu lugar! Nunca se esqueça, você foi desta para uma bem melhor e saiba que isto é um ganho!

                                            O dos pés-muito-juntos olhou-a meigamente, sentia grandes dificuldades em falar naquele momento místico, tudo estava confuso  e tinha embaraços em compreender o que ocorria, na verdade só pensava em fugir e caminhar pelos campos ouvindo o canto dos passarinhos. Sentia frio, mal ouvia e enxergava com dificuldade.  A delicadeza do assunto levantado por sua mãe o deixou mais atônito ainda, mas mesmo assim disse amealhando as adrenalinas:

                                      - É você mamãe! Disse meigamente, mas com dificuldades, quase não conseguia vê-la, os seus olhos estavam, ainda, muito lívidos e completou a interrogação, antes que ela respondesse:

                                        - Com todas as veras, não vejo corvos, fui pego de calças curtas, com a boca na botija, no entanto, tudo, mas tudo mesmo, é um sorridente, digo, ledo engano! Na verdade, ainda assim, prefiro passar a vida pagando os esfoliantes e necessários impostos! E completou:

                                          - Quanto ao que seja o MELHOR há dúvidas sérias sobre o assunto. Na dúvida profunda, sistemática, metódica, enfim, na dúvida cartesiana, vale o generoso princípio do in dubio pro reo. Em suma, na dúvida verdadeira, o morto deve ser beneficiado. Sua mãe, rosto profundamente magro, olhos vazios, lábios amargos, esboçou uma expressão contrafeita com as objeções de seu filho ingrato e reforçou:

                                          - O pensamento rijo, nestas cerimônias, cairia lhe muito bem!  – Ao que o morto, encabulado retrucou:

                                          -Estava regiamente rígido, lívido como a neve, pronto para os apetitosos vermes, tentando o sono mais perfeito, necessário nestas horas difíceis de transição, mas o cheiro de erva-cidreira com óxido de carbono não me fez bem, estava me sentindo uma corda esticada em todas as direções, parecia até que o caixão me apertava. Perdi  a concentração, a calma necessária,  para a passagem eterna. Foi tudo culpa da erva-cidreira. Neste meio tempo, o nosso querido comedor-de-capim-pela-raiz olhou para um grupo de políticos sorridentes, os quais acenaram para ele. Sem forças, respondeu sem muito ânimo aos cumprimentos afetuosos. Sua mãe encantada com a generosidade convincente dos políticos esclareceu:

                                                     - Nessas horas turvas, cinzentas, só podemos contar com eles, são sempre úteis. Como são fofos, vieram em peso, são da espécie conhecida como políticos carregadores de caixão, vai haver até revezamento de alça 4x4, trabalharão em equipe. Têm a vantagem de conhecerem todo mundo, até pelos mortos.


                                                        Tomando um fôlego, -Todos, à unanimidade me consolaram dizendo que você foi desta para uma bem melhor, o que me deixou muito aliviada e com fé inabalável na erosão da morte. Os políticos ficarão em evidência no seu enterro e por isso estão ansiosos. E certo que se desentenderam no início, coisa perfeitamente normal, quando alguns deles quiseram instituir hierarquias de políticos municipais, estaduais e federais. Mas como são especialistas em acordos, mesmo em situações críticas, foi fácil para mim pacificá-los. Argumentei com astúcia que nos velórios todos são iguais, que os velórios nasceram para todos, como o sol. Expliquei que havia velório suficiente para todos. Observei, ainda, dando tapinhas nas costas de cada um, que haviam outros enterros urgentes para tocarem. E tudo ficou na santa paz. Você não viu e nem ouviu, mas os políticos, depois dos desentendimentos iniciais, passaram a se comportar maravilhosamente bem, sem nenhum ressentimento. Todos ficaram concentrados em você, por incrível que pareça, não falaram de ciências política, sexo ou futebol, nem contaram as piadinhas básicas, misturando tudo ou morte com o infantilizado riso. Estava muito satisfeita e queria apenas tocar o enterro.

                                                           -Voltando às velas, é estranho, escolhi pessoalmente o fabricante que me disse que eram feitas de folhinhas tenras e selecionadas de erva-cidreira, calmante natural, e, com certificado de garantia tudo de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Não tenha nenhuma dúvida que os fatos se sucediam na mais perfeita normalidade. O poderoso silêncio estava sendo construído e provocava a meditação profunda. Sabia que isto ajudaria a sua alma a perambular pelo caminho da luz e que este duraria uma eternidade e uma ínfima fração de segundo, uma vez que o tempo alargado e comprimido é uma essência deste lugar. Nesta estrada de luz intensa que leva aos confins do universo, ao além e tambem ao aquém, onde não existe mais nenhuma separação entre o tempo e o espaço, entre as coordenadas, você acabaria encontrando com facilidade a tão sonhada porta da paz. Depois  de atravessá-la, sem abrí-la ou bater, o repouso merecido estaria à sua espera, em um leito de energia cósmica flutuante. A alma no final da estrada estará fraca ou age como  um elétron com força negativa, pronta para o desfecho final. Este tálamo cósmico é tal como um imã ou um campo eletromagnético e a sua força atrairá a alma para as suas entranhas e a absorverá com os seus eflúvios ou perfumes. Aliás a palavra imã vem do francês aimant que significa amante. E ali permaneceria em stand by, atraída, com as mão cruzadas no peito, aguardando, placidamente, o novo chamado.  É tão linda a transição, tão confortável o leito, dá gosto ficar pensando sempre nela o dia todo. Acho que algo  errado ocorreu e o lado negro da força prevaleceu. Sem dúvida, havia aqui uma sintonia fina e perfeita entre os dois mundos, o mundo do um e do zero, com orações, rezas, velas e coroas de flores.

                                                                   A furto, picado de estremecimentos friorentos, o nosso falecido namorou a porta com olhinhos angustiados, como algo muito distante, só pensava em fugir,  e retrucou desanimado:

                                                                   - Só Deus sabe o quanto compreendo os políticos, é dever deles se meter em tudo, psicologicamente falando eles são perturbados por estas emoções passageiras, sem embargo disto, serviços oferecidos cheiram mal, contudo, reconheço que sabem surfar nas ondas, na inevitável morte, enfim, não queria dizer, mas sinto que não estou preparado. Sei, perfeitamente, que é pura bobagem ficar perguntando se defunto quer cova. E completou olhando esperançoso a porta:

                                         - Se se fosse possível, o meu grande sonho metafísico era abandonar este corpo imprestável, deixa-lo de lado para ir fazer outras coisas; esquecer definitivamente esta matéria usada e passada de mão em mão da maternidade ao velório, e ficar por aqui mais um bom tempo. Para livrar do meu corpo, faria sacrifícios com alegria, ajudaria os  nobres políticos no revezamento de caixão  com alça 4x4. Levaria o corpo ao cemitério com a rapidez de quem joga o lixo fora, colocaria o féretro no buraco certo, e com uma pá cobriria-o com  o pó para que este recebesse o que é seu e ficasse em paz fertilizando a terra com a matéria orgânica em decomposição. O melhor de tudo, o ápice,  seria a impagável volta para casa, já livre do maldito corpo, que não passava de um cardápio de dores intermináveis, aproximar da porta, não pegar na maçaneta, transpô-la como energia espiritual, flutuar pelo ar feliz como um pintinho ciscando em um monte de esterco e vagar pelos comôdos, e, depois desta experiência única, desta despedida, vagar sem rumo pelo mundo, pelo caminho do sol, como uma alma sem dono, sem nada que pudesse nos incomodar. No máximo faria algo que nunca pude fazer em vida ou um necroturismo pelos cemitérios mais famosos do planeta. Como bagagem gostaria de levar apenas uma foto minha da adolescência 3x4, já isto, sei que é impossível uma vez que é regra universal não podermos misturar matéria e espírito, deu para aprender este princípio pelo menos quando estava ali no leito de madeira. Ah, como seria maravilhoso! Sei perfeitamente que o corpo precisa da morte, que não é certo nem em pensar não querer morrer, ficar para Galo de São Roque ou para a semente. Dito isso, suspirou profundamente e já se sentia bem melhor, já estava mais corado, com alguma circulação sanguinea nos vasos e artérias, o seu coração reagia em taquicardias esporádicas, já meio preparado para a tão sonhada fuga.  

                                          Sua mãe ficou indignada com estas idéias de fantasmas do fenecido, queria matá-lo, estava enfurecida como um demônio. Pensava, ora essa, ninguém está preparado, todo mundo diz isso, é sempre a mesma coisa, uma ladainha interminável, se a morte aceitasse este tipo de defesa nnguém mais morreria neste mundo, haveria um congestionamento de corpos e uma escassez de almas, um desequilibrio infernal entre demanda e oferta. A mãe a tentar convencer o filho:

                                            - A arte do desaprendizado do corpo é difícil, ele gosta de hábitos, se nao fossem os hábitos do corpo a vida seria mais difícil, e isto acontece com todos, sem exceção. O hábito cravado na consciência é um bem e um mal, pois o bem não fica sem o mal e o mal adora se aproximar do bem, o mal, digamos assim,  o efeito colateral do hábito é contaminar o pensamento com ideias retilíneas e uniformes. Voltando ao velório, o seu ritual, até você estragar tudo, foi muito bonito com a MULTIDÃO sempre em silêncio, e, a FILA, em sua essência bovina, assinando o livro de condolências, dava gosto, devia ter visto; quanto ao caixão não se preocupe,  é ecologicamente correto, biodegradável, um novo lançamento, pode ter certeza que afrouxa com o uso. Não temos como fugir, a essência da vida é comer a si mesma, uma espécie de lei do eterno retorno.

 
                                              Em seguida o nosso Morto confuso com as idéias extremamente racionais de sua mãe que lhe desgostavam, tentando desviar o foco do diálogo, falar de literatura, olhou para alguns bons palmos acima do conto, bem no seu início e, pálido, surpreso com o que lera sentenciou:

                                         -Gostei do epíteto, do epitáfio! exclamou.

                                        A mãe, em êxtases de orgulhos, retorquiu:

                                        - É do Machado, ajudei a escolher, já faz mais  de um século que se foi, sinto muitas saudades dele! Ao que o de cujus respondeu:  - O corte é afiado, uma potência.


                                           O falecido, respirou fundo, ergueu os ombros, abriu os olhos e completou:
                        

                                                                  - Enfim, estou com muito medo, não queria falar deste assunto, confessar, mas na verdade tive pesadelos confusos e a erva-cidreira no caso, só fez piorar as coisas. No meu sonho o nosso tempo foi reciclado, foi arcanamente aprofundado e alargado e se confundiu com o próprio espaço em um abismo sem fim, se transformou em um aspirador de pó gigante e maldito sugando toda a vida e eu como vítima deste fenômeno sonhei com um cachorro amarelado, o qual gemia no quintal com ânsias sinceras de vômito. E continuou:



                                                                      - O bicho estava muito doente, magro, arfava, espumava e ria para mim e depois de muito lidar com os seus problemas estomacais lançou um vômito biliar, aquele com conteúdo amarelo-esverdeado, mas tinha na verdade odor pútrido do vômito fecalóide. O cheiro era horrível e espalhava como um veneno por todos os cantos  e o mais aterrador é que foi em forma de um jacto poderoso, indicando que o cão estava com pressão intracraniana, prestes a chegar a óbito;


                                                                       - E depois do vômito, do grande alívio do corpo, da purificação, inesperadamente, para minha surpresa, no momento em que eu pensava em levar a mão à boca, lambeu tudo de volta na crença alegre de que neste mundo nada se perde, tudo se transforma, por isso o chamo de cachorro lavosieriano. Se não bastasse tanto sofrimento, um novo vômito canino se sucedeu para o meu desespero...levar a mão esquerda à boca foi inevitável...

                                                                         Neste momento, a mãe do falecido interrompeu o diálogo e levou a mão direita à boca e a apertou com firmeza como quem tentasse segurar alguma coisa inadiável e foi direto para o banheiro, a retornar alguns minutos depois, com expressão aliviada, mais leve, e,  exclamou:

        ...a essência da vida é comer a si mesma, uma espécie de lei do eterno retorno...
                  
                                                        - Já entendi tudo, chega de vômitos. Meu Deus, como você estava a sofrer filhinho! Tudo explicado, na verdade, este pesadelo ressuscitaria qualquer defunto com qualquer tipo de rigidez cadavérica.  Vômitos, nada é mais pior que isso, embora nunca tivesse ouvido falar antes que defuntos tivessem pesadelos! Acredito que isto foi turbinado pelo fato de sua paixão por cachorros, o seu sentimento de pena por estes bichinhos cheios de pulga, principalmente os de rua, isto sempre me comoveu, poucas pessoas tem esta sensibilidade desenvolvida em favor dos fracos e oprimidos, Então foi isso, tudo explicado, pensei em coisas piores, deixa pra lá. Veja bem, vamos colocar a casa em ordem, temos que conformar com isso que ocorreu, a essência da vida é comer a si mesma, uma espécie de lei do eterno retorno. Por isto este mundo não presta, tudo ilusão.


                                                                Em verdade sua mãe estava perplexa com tanta teimosia em relação à morte. O do paletó-de-madeira tentou tomar a fortaleza da porta, em ação de fuga, quando foi imediatamente segurado pela violentíssima MULTIDÃO que acompanhava, tudo sem nnca entender nada, que aos berros simplificados de que enterro não esperava ninguém neste mundo, deu nele uma baita de uma sova. O morto recebeu murros bem dados na cara, chutes no traseiro, pauladas na cabeça, pedradas, pescoções, cabeçadas, cadeiradas, rasteiras e outras injúrias, tudo à farta e à saciedade. Foi um festival de violência no velório para que esquecesse a sua ideia de fuga. O morto apanhou tanto que caiu desmaiado e sangrando o resto do choque hipovolômico, completamente sem vida. O falecido na queda cadavérica final não ergueu um dedo sequer em sua defesa, experimentou apenas um leve arrepio ao concluir no último neurônio que qualquer possibilidade de fuga era impossível. Sem delongas, inerte, foi levado pela Multidão feroz de volta para o paletó-de-madeira de última geração e arrumado com as regras dos comportados desfalecidos ou melhor recebeu maquiagem que disfarçou a violência e depois veio o florista com as suas mãos leves que espalhou com delicadeza pétalas brancas e rosas ao longo do corpo.

                                                                  Do narrador.  Foi aí que despertei. Tudo não passava de um sonho bobo. Coloquei a mão esquerda na boca e a apertei com uma força descomunal, tentando evitar algo, e, em seguida, despejei os pés solertes para fora da cama com agilidade e sai correndo para o banheiro. Um bom descanso a todos e muita paz.  The end.
       

 
                                                                       Ctrl Z, autor
          
 

           Dificuldades com o Morto:


1 - De cujus = morto

 2 - revertere ad locum tuum= voltar para o seu lugar            
 
                         3. Never more= nunca mais                  

  4. In dubio pro reo= na dúvida em favor do réu, dogma jurídico

 
5. Lavosieriano=de Lavosier, químico francês, 1757-1827, identificou e batizou o oxigênio

 6. Stand by=compasso de espera


Ainda para quem gosta de necroturismo Père Lachaise é o cemitério mais famoso da França. Possui 500 mil m2 e ali  estão túmulos famosos, como os de Oscar Wilde, Edith Piaf, Honoré de Balzac, Marcel Proust e Jim Morrison, vocalista da banda The Doors. Este cemitério entraria em qualquer lista feita polo Morto.
 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 comentários:

  1. Maravilhosa crônica!

    A demora em descrever a reação das pessoas sobre o levantar do morto me criou uma ansiedade tremenda...

    ResponderExcluir

  2. Obrigado pelo comparecimento,

    É importante pra quem escreve ler qualquer comentário, o morto na verdade é a vida, nossa intenção. A mãe, a morte. A tese e a antítese se degladiando. Um abraço.

    ResponderExcluir