O Velho e o Mar de Ernest Hemingway, 1899-1961 |
... a geração perdida...
Ernest Hemingway. O escritor e jornalista americano Ernest Hemingway nasceu em Oak Park no ano de 1899. Foi correspondente de guerra durante a Guerra Civil Espanhola. Esta experiência rendeu-nos a obra prima Por Quem os Sinos Dobram. Morou em Cuba depois da Segunda Guerra Mundial o que certamente foi fundamental para a obra O Velho e o Mar. Casou-se quatro vezes e pela primeira vez com Sua paixão pela enfermeira Agnes Von Kurowsky inspirou-o na criação da personagem Catherine Barkley de sua obra Adeus às Armas. A escritora Gertrude Stein, 1874 – 1940, definiu o momento cultural de Hemingway com uma frase famosa até hoje na literatura ou A Geração Perdida, escritores americanos que viviam em Paris, da qual fazem parte ela mesmo, e nada mais nada menos que Ezra Pound, 1885 – 1972, Scott Fitzgerald, 1896 – 1940. Homem fascinado por touradas a ponto de se transformar em um toureiro amador, aliás a relação do nosso escritor com a Espanha foi sempre intensa. Houve como motorista de ambulância na Primeira Guerra Mundial até que foi atingido por uma bomba.
...vitória de Pirro...
Um Suicídio polêmico. O suicídio do escritor no ano de 1961 quando ele estava muito doente e depressivo, gerou muita polêmica. É interessante destacarmos que o pai de Hemingway suicidara-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Grace, sua mãe, dona de casa e professora de canto e ópera, sempre o confundiu com a sua personalidade dominadora. Quando seu pai cometeu suicídio ela enviou-lhe pelo correio a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, segundo relatos, ficou encabulado com este gesto tétrico ou afetivo e não sabia se ela queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como uma simples lembrança de um ente querido. Estas duvidas permaneceram no escritor até o ano de 1961, quando aos 61 anos, levou a cabo o último ato corajoso e heróico de sua vida com um fuzil de caça, em Ketchum, Idaho.
O Velho e o Mar. Gostamos muito da obra O Velho e o Mar. Neste livro temos um duelo fantástico entre um velho pescador e um peixe, um espadarte, tendo como palco desta luta de gigantes o mar. É um grande livro em razão de retratar em um ambiente solitário a luta de um pescador para conseguir levar para terra o maior peixe que conseguira em sua vida. Não é uma lutas qualquer, é uma peleja entre dois cavalheiros em que o pescador e o peixe lutam bravamente. No final de tudo uma simples Vitória de Pirro do valetudinário. O livro foi escrito em 1952 e com ele o nosso gênio ganhou o prêmio Pulitzer de 1953.
Da luta entre um homem e um peixe fisgamos estes pequenos trechos:
"Você está me matando peixe, pensou o velho pescador. "Mas tem o direito de fazê-lo. Nunca vi nada mais bonito, mais sereno ou mais nobre do que você, meu irmão. Venha daí e mate-me. Para mim tanto faz quem mate quem, por aqui."
"Mas você não matou o peixe apenas para conservar-se vivo e vender para alimento." pensou ele. Matou-o por orgulho e porque é um pescador. Amava o peixe quando estava vivo. Afinal ainda o ama morto. Se o ama, com certeza que não foi pecado matá-lo. Ou sera ainda pior?"
A cobertura da Guerra Civil Espanhola rendeu-nos Por Quem os Sinos Dobram |
Não li o livro, mas assisti ao filme a muito tempo atras , marcante como o crash de 1929!
ResponderExcluirBeleza Askanio,
ResponderExcluirNão podemos morrer antes de ler este livro, o pecado é gravíssimo. Quanto ao texto da duratex tive de excluí-lo e refazê-lo, por isso o seu comentário ali também foi excluído, nada intencional. Um abraço.