Total de visualizações de página

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pujança e miséria dos ativos, ELET3, ELET5 e ELET6 ou Eletrobras




Fechou o ano de 2011 ou em 29/12/2011
valendo a quantia de R$ 26,85.
                                                      

                                                   



                                                             A empresa. A criação da Centrais Elétricas Brasileiras ou Eletrobras foi proposta em 1954 pelo presidente Getúlio Vargas. O projeto enfrentou grande oposição e só foi aprovado após sete anos de tramitação no Congresso Nacional. Em 25 de abril de 1961, o presidente Jânio Quadros assinou a Lei 3.890-A, autorizando a União a constituir a Eletrobras. A instalação da empresa ocorreu oficialmente no dia 11 de junho de 1962, em sessão solene do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica ou CNAEE, no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente João Goulart. Em 2004, a nova regulamentação do setor excluiu a Eletrobras do Programa Nacional de Desestatização (PND). Atualmente, a companhia controla 12 subsidiárias – Eletrobras Chesf, Eletrobras Furnas, Eletrobras Eletrosul, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras CGTEE, Eletrobras Eletronuclear, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Piauí e Eletrobras Distribuição Alagoas, uma empresa de participações, Eletrobras Eletropar, um centro de pesquisas, Eletrobras Cepel, ainda, detém metade do capital de Itaipu Binacional, em nome do governo brasileiro. A Eletrobras tem capacidade instalada para a produção de 42.080 MW, e 58.361,32 km de linhas de transmissão.

 
 
                                                                            A nefasta e nefanda inteferência do governo. A empresa é boa uma vez que energia elétrica encontra comprador certo, ninguém vive sem energia elétrica e todo o ano o seu consumo aumenta, já o governo é ruim. Por influência do governo,  a Eletrobrás entre com participações relevantes do capital em projetos mirabolantes como a usina de Belo Monte. Outro fato é o loteamento de cargos pelo governo federal, ocupado por pessoas sem nenhum comprometimento com o objetivo principal de uma empresa que é de gerar lucros. A companhia costuma, por meio de subsidiárias, ser bastante agressiva em leilões de concessões para a construção de hidrelétricas e linhas de transmissão, cobrando tarifas de energia que mal remuneram o investimento. Os governos agem desta maneira para se perpetuarem no poder. Não há dinheiro suficiente para enganar uma população inteira, então, a saída é atacar as empresas estatais. Não há  empregos suficientes no mundo, mormente, para os incompetentes, então, a saída é colocá-los pela porta dos fundos, sem concursos, nas empresa estatais e com a circunstância agravante deles serem bem remunerados. Isto explica o desconto do ativo em relação aos seus pares e o risco de se investir nestes ativos, pois a qualquer momento pode haver um desabamento das cotações por interferência governamental.
                                                                             
 
                                                                            O ano triste de 2011. Os papéis mais negociados da empresa ou ELET6 acumularam uma valorização de 0,5% em 2011. Já Outras empresas do mesmo ramo como Cemig +29,8%, CPFL +26,3% ou Cesp +22,4%.
 
 
 
 
                                                                                       Assunção da CELG em Janeiro de 2012 ou um caso clássico de interferência política. A notícia que saiu é que a Eletrobras irá assumir a Celg. Qual o objetivo? A Celg está endividada, em razão dos políticos goianos terem acabado com a empresa. A Eletrobras ficará com 51% da CELG distribuição e pagará as dívidas desta empresa. A dívida da Celg chega a fábula de R$ 6,3 bilhões e a Eletrobras é credora de quase dois bilhões. É incrível como uma em,presa sem concorrência como a CELG tem uma dívida destas, a empresa deveria é de dar lucro ao Estado e agora é repassada, a maioria dos goianos, como todo o brasileiro, nem ficaram sabendo desta arte dos políticos. A imprensa não fez o debate e o escândalo que o caso merecia, ficou tudo por isso mesmo. Nenhuma improbidade administrativa foi apurada, todos os políticos passam muito bem. Antes esta empresa tinha uma hidrelétrica que levou vários anos na sua construção, à custa do povo, depois, esta  jóia da coroa foi privatizada no finalzinho de um mandato de governador, uma loucura, e a CELG passou a comprar energia para revender. Os destruidores da CELG foram reeleitos em sua maioria. Assim, temos um risco exposto, como se fosse uma fratura exposta, do ativo ou outras empresas quebrarão e a Eletrobras assumirá as suas dívidas.
 
                                                               
                                                                                Novembro de 2012, a Eletrobras diz que pode assumir a CEA ou Companhia de Eletricidade do Amapá.  A Eletrobras assinou dia 12 de Novembro de 2012 um protocolo de intenções, no qual visa assumir o controle da Companhia de Eletricidade do Amapá  ou CEA. Na nota, a Eletrobras explica que a companhia participará  do saneamento financeiro da CEA e assuma a gestão por meio da aquisição do controle acionário. O modelo do acordo é o mesmo entabulado com a CELG. Outro fato negativo para os ativos.

 
                                                                    Terceiro trimestre de 2012. A estatal divulgou lucro líquido consolidado de 1 bilhão de reais no terceiro trimestre, abaixo dos 1,56 bilhão de reais no mesmo período do ano passado. A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de julho a setembro foi de 1,52 bilhão de reais, acima do 1,08 bilhão de reais em igual período de 2011. A receita líquida no trimestre até setembro foi de 8,38 bilhões de reais, maior que os 7 bilhões de reais um ano antes.



          
                                                                            O dia em que o papel ELET6 perdeu 11,5% ou 16/11/2012. O papel perdeu 11,5 por cento neste dia, batendo o martelo em R$  11,60 reais. Foi a maior queda diária de fechamento desde 12 de novembro de 2008, a menor cotação desde setembro de 2005. Qual o motivo? Por ser uma estatal, manipulada pelo governo, afirmou que vai acertar os termos da Medida Provisória número 579/2012. Esta medida antecipa a renovação das conceções que vencem entre 2015 e 2017. A medida é ilegal por não honrar contratos assinados por um governo legítimo. O governo está usando a Eletrobras para aceitar a renovação e, por tabela, pressionar as demais empresas do setor. Esperava receber 30 bilhões de reais em indenização  e só vai receber R$ 13,9. O outro motivo da queda é este, os investidores acham que vale mais o governo acha que vale menos, os valores incluem indenizações pelas usinas hidrelétricas de Xingó, Paulo Afonso IV, Luiz Gonzaga (Itaparica), Apolônio Sales ou Moxotó e Boa Esperança ou Castelo Branco, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco ou Chesf; Corumbá I, da Furnas Centrais Hidrelétricas; e Coaracy Nunes, da Eletronorte. As linhas de transmissão da Eletrobras que serão indenizadas pertencem à Chesf, Eletronorte, Eletrosul e Furnas.


                                                                               Outra grande queda em 17/11/2012 de 15,4%. Neste dia o Barclays afirmou que o ativo valeria só um real. A queda foi de mais de 15% e o ativo ELET6 bateu o martelo em R$ 9,81.


                                                                               Dívida imensa. O governo não está intervindo em uma empresa sem dívidas, ao contrário, a dívida da empresa cresceu 107,83% entre um ano e outro cravando os R$ 21 bilhões. São 21 bilhões que podem aumentar e muito uma vez que a empresa projeta redução dos lucros em quase zero, uma das razões das duas quedas históricas acima.


                                                                    O agir correto. Qual o agir correto do governo para reduzir o preço da energia elétrica? Primeiramente, ninguém pode negar que a energia elétrica do Brasil é uma das mais caras do mundo, é um fato notório que retira competividade do país. O agir correto, o agir ético, é simples e quase impossível de ser feito, uma reforma tributária em cima da energia em que os tributos sejam cortados com vigor. Só que o Estado brasileiro não tem como diminuir a tributação, pois as suas despesas só fazem aumentar. O número de pessoas que mamam nas tetas municipais, estaduais e federais é imenso.  São os comissionados, obras superfaturadas, gigantismo do Estado e etc., tudo sorvendo com sofreguidão estas tetas deliciosas de hidromel. Dos comissionados, muitos não vão ao trabalho nem para receber, recebem on line e conferem o salário pela internet, sinal dos tempos. Por outro lado, temos programas sociais em que o cidadão é educado em receber sem uma contraprestação à altura, como se o Estado pudesse resolver o problema de toda uma população. A corrupção desmerece comentários. Um exemplo da loucura arrecadatória do governo brasileiro foi a tentativa de ressuscitar a CPMF pelo PT, recentemente, algo que nunca devemos esquecer. Houve gritaria geral e o governo recuou. A arrecadação do governo está paralisada nestes últimos meses de 2012, a vontade de cobrar mais impostos é intensa. Em realidade, nas democracias, há um pacto de mediocridade entre o povo e o governo que prefere as soluções de curto prazo, uma vez que elas são demagógicas e têm o poder de iludir a população. É o mesmo pacto que conhecemos entre o professor que finge dar aula e, os alunos que fingem em aprender e vão passando de ano. No caso, os alunos ficam iludidos com um falso ganho e o professor evita problemas. Assim, como sempre, é melhor que os outros paguem a conta da luz ou como diziam os nossos avôs,  o governo faz graça com o chapéu alheio. Depois das graças chegam as desgraças. A sorte do Brasil neste final de 2012 é que parece-nos que o dinheiro não tem pra onde correr no mundo nestes tempos bicudos. Isso explica a relativa pujança brasileira em relação a outros países e os desmandos do governo. Mudanças estruturais só no caos completo.


                                                                                             Carta da gestora Slkagen ao pessoal da Eletrobras em 12 de Novembro de 2012. Os diretores da Eletrobras deveriam de responder juridicamentr pelo fato de aceitarem a MP 579, lesiva aos verdadeiros donos da empresa ou aos seus acionistas minoritários que deveriam de ter proteção especial. O risco de insolvência mencionado na carta, bem como,  a baixa contábil de 40 bilhões de reais em ativos são preocupantes tendo em vista o passivo mencionado acima. De qualquer maneira, o pessoal da Skagen não gostou do veneno do governo. Outro fato, eles estavam enganados com o Brasil e parece que dormiram no ponto e ficaram segurando o mico na mão ou presos em valores altos. O Brasil é um país que não honra contratos, honra quando é conveniente e sob pressões, aliás, em momentos difíceis, ninguém honra. Pensem nos calotes da Grécia e da Argentina. Nestes casos, um investidor individual teria melhores condições de pular do barco com disciplina e stop loss armado do que este fundo que tem milhões de ativos. No entanto, um dos nossos erros como pequeno investidor é acreditarmos demais e apaixonarmos ou acostumarmos com os nossos investimentos e, por isso, não pulamos do barco no momento exato. É muito difícil executarmos o pulo do gato, aí é que está o perigo. As coisas na bolsa fluem com muita rapidez, se fechamos os olhos por um segundo, adeua viola. Por outro lado, a grande regra das notícias é que elas mais obnubilam  do que esclarecem, ou seja, MP 579 não foi tão clara quando foi editada. Toda notícia de impacto leva um tempo para ser digerida e este tempo pode ser fatal. Parte do segredo, no mundo dos negócios, pode estar nesta última regra. Vamos a carta:

São Paulo, 12 de Novembro de 2012.
Sr. Marcio Pereira Zimmermann
Presidente do Conselho de Administração da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras
Com cópias para:
Sr. Beto Ferreira Martins Vasconcelos
Sr. José Antonio Correa Coimbra
Sr. José da Costa Carvalho Neto
Sr. Lindemberg de Lima Bezerra
Sr. Mauricio Muniz Barretto de Carvalho
Sr. Thadeu Figueiredo Rocha
Sr. Wagner Bittencourt de Oliveira
Sr. Miguel Colasuonno
Sr. Marcos Aurélio Madureira da Silva
Sr. Valter Luiz Cardeal de Souza
Sr. José Antonio Muniz Lopes
Sr. Armando Casado de Araujo
Prezados Senhores,
Os fundos de investimento SKAGEN Kon-Tiki Verdipapirfond, SKAGEN Global Verdipapirfond, SKAGEN Global II Verdipapirfond, SKAGEN Global III Verdipapirfond, SKAGEN Vekst Verdipapirfond e SKAGEN Vekst III Verdipapirfond (em conjunto denominados simplesmente como “SKAGEN”), geridos por SKAGEN AS, sociedade gestora de recursos constituída de acordo com as leis da Noruega, com sede em Skagen 3, na Cidade de Stavanger, Noruega (em conjunto denominados simplesmente como “SKAGEN”), na qualidade de acionistas da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras (“Eletrobras” ou “Companhia”), proprietária de 10.494.968 (dez milhões, quatrocentas e noventa e quatro mil, novecentas e sessenta e oito) ações ordinárias (ELET3), 46.335.446 (quarenta e seis milhões, trezentas e trinta e cinco mil, quatrocentas e quarenta e seis) ações preferenciais (ELET6) e 423.000 (quatrocentas e vinte e três mil) ADRs (EBR) emitidas pela Eletrobras, representados por seu procurador abaixo assinado, diante das relevantes mudanças no arcabouço jurídico do setor de energia em vias de serem implementadas, gostariam de apresentar a V.Sas., em sua qualidade de membros do Conselho de Administração da Eletrobras, as seguintes observações e solicitações.
Antes de mais nada, SKAGEN esclarece que entende que fomentar o desenvolvimento econômico está no centro da agenda do Governo Federal, e que a razoabilidade dos preços da energia é certamente uma ferramenta importante para assegurar tal propósito. Em outras palavras, SKAGEN reconhece integralmente o propósito que motivou a edição da Medida Provisória nº 579, publicada em 11 de setembro de 2012 (“MP 579”).
Entretanto, como é de ciência de V.Sas., as novas regras introduzidas pelo Governo Federal por meio da MP 579 exigirão decisões cuidadosas tanto dos Diretores quanto dos membros do Conselho de Administração das companhias que detêm concessões outorgadas pela Agência Brasileira de Energia Elétrica (“Aneel”).
A MP 579 estabelece que todas as companhias que detenham concessões de geração de energia que terminem entre 2013 e 2017 deverão tomar decisão quanto à renovação de tais concessões nas próximas semanas, sendo certo que as renovações somente serão permitidas para as companhias que se sujeitarem às drásticas mudanças de regras, inclusive em termos econômicos, apresentadas pelo Governo.
Por exemplo, uma das condições para a renovação das concessões é que as companhias poderão refletir, nos preços da energia, somente os custos de operação e manutenção das usinas hidrelétricas, os quais ainda serão calculados pela Aneel. Isso se traduziria na expressiva redução dos preços da energia em até 70% (setenta por cento).
Ademais, as regras para a indenização pelos ativos não depreciados das companhias que optem por aceitar os termos para renovação das concessões permanecem obscuras. Desnecessário dizer que as diferenças de opiniões entre as companhias e as autoridades federais de energia poderão resultar em perdas relevantes para as companhias.
Além de provocar essas perdas, a aceitação dos termos da MP 579/12 prejudicará, de forma severa, a capacidade da Eletrobras de investir na expansão da infraestrutura elétrica no Brasil – razão principal da sua criação pela Lei 3.890-A/1961, a qual estabelece, em seu Artigo 2º, que “A ELETROBRÁS terá por objeto a realização de estudos, projetos, construção e operação de usinas produtoras e linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como a (VETADO) celebração dos atos de comércio decorrentes dessas atividades.”
Finalmente, tendo em vista que as novas regras foram criadas por meio de uma medida provisória, o Congresso Nacional ainda tem a possibilidade de rever os termos da MP 579/12 antes de sua conversão em lei. Isso significa que há possibilidade de mudanças dos atuais termos apresentados às concessionárias. Se considerarmos que as companhias estão sendo exigidas a firmar novos contratos de concessão em 04 de dezembro de 2012 como condição para a renovação das concessões, é ínfimo o tempo disponível para uma discussão apropriada e a devida análise da matéria, ainda em um contexto de incertezas.
A reação do mercado frente às novas regras foi bastante negativa, como inquestionavelmente demonstra a queda de US$ 20 bilhões no valor de mercado das companhias do setor. Os acionistas sofreram perdas expressivas, uma vez que as ações foram reavaliadas a preços que refletem o impacto das novas regras.
Diante disso, a SKAGEN acredita firmemente que a aceitação dos termos e condições quanto à renovação das concessões conforme previsto na MP 579 não se encontra no melhor interesse da Eletrobras, por conta, especialmente, da falta de clareza dos termos aplicáveis a partir de 4 de dezembro de 2012.
As demonstrações financeiras da Companhia, revistas e aprovadas por este Conselho de Administração, indicam números que estão totalmente inconsistentes com os termos exigidos para a renovação das concessões. A SKAGEN, e certamente outros acionistas, gostariam de saber qual será a posição dos membros do Conselho de Administração frente a esta situação.
Os termos da renovação, do ponto de vista da SKAGEN, são inaceitáveis, pois eles não refletem a realidade da Eletrobras, refletida em suas demonstrações financeiras, causando uma significativa deterioração do valor da Companhia. Este Conselho deve, portanto, determinar que a Companhia se posicione e exija uma discussão dos termos da MP 579 que resulte num acordo justo e equilibrado.
A renúncia recente do conselheiro independente da Eletrobras, bem como os comentários do mercado de que a Eletrobras pode ser a única companhia do setor a aceitar plenamente os termos apresentados pela MP 579, oferecem claros sinais de que a decisão pela renovação não seria no melhor interesse da Companhia.
A Lei das Sociedades por Ações, seguindo um padrão consagrado mundialmente, estabelece o dever de lealdade dos membros do Conselho de Administração e dos Diretores, que devem atuar sempre mirando o interesse da companhia, e não do acionista que o elegeu ou de qualquer outro acionista. Adicionalmente, o dever fiduciário de diligência impõe aos membros do Conselho de Administração e aos Diretores o emprego, no exercício de suas funções, do cuidado e da diligência que todo homem ativo e probo costuma adotar na administração de seus próprios negócios.
Portanto, durante a avaliação dos méritos dos termos apresentados pelo Governo na renovação das concessões, os membros do Conselho de Administração deverão considerar, acima de qualquer outro interesse, o da própria Eletrobras. Esse é o único modo de assegurar o exercício regular do mandato dos membros do Conselho de Administração. Com efeito, a SKAGEN ratifica o entendimento manifestado pela AMEC (Associação de Investidores no Mercado de Capitais) em sua carta aberta endereçada a V.Sas. em 4 de outubro.
Isso significa igualmente que, antes de tudo, é dever deste Conselho de Administração conduzir uma revisão cuidadosa dos termos de renovação das concessões das subsidiárias da Companhia, incluindo a contratação de empresas especializadas (na medida do necessário) para analisar minuciosamente a MP 579 e seus potenciais impactos sobre os interesses da Eletrobras.
Do mesmo modo, já que as condições refletidas na MP 579/12 causaram e poderão causar danos ainda maiores para os acionistas, SKAGEN acredita que este Conselho de Administração deve convocar uma Assembleia Geral de Acionistas para discutir e decidir qual deveria ser a decisão da Companhia.
SKAGEN está ciente da qualidade de sociedade de economia mista que tem a Eletrobras. Contudo, tal condição não exime qualquer de seus Diretores e Conselheiros de seus deveres e responsabilidades, nem de modo algum os altera ou atenua. A Lei das Sociedades por Ações (Artigo 239, Parágrafo Único) determina que “os deveres e responsabilidades dos administradores das companhias de economia mista são os mesmos dos administradores das companhias abertas”.
Além das questões acima descritas, este Conselho deverá levar em especial consideração que, caso aceitem os termos de renovação da forma que se apresentam, isso significará, para a Eletrobras:
(i) A renúncia de valores referentes aos ativos de transmissão não depreciados estimados em R$10 bilhões;
(ii) A renúncia de R$6 bilhões por ano, aproximadamente, correspondentes a receitas decorrentes das concessões;
(iii) A exposição da Companhia custos mais elevados de contratação de dívidas em decorrência da potencial redução da classificação de riscos por agências de rating (conforme, inclusive, já advertido pela Fitch);
(iv) A aceitação do término automático de futuras licenças a partir de 2019, que poderá impor novas baixas contábeis; e
(v) A exposição da Companhia a risco de insolvência, com a baixa contábil de aproximadamente R$ 40 bilhões em ativos.

Desnecessário dizer que tais consequências negativas, todas específicas à Eletrobras, podem também contribuir para um impacto negativo sistêmico no mercado brasileiro como um todo, dada a posição dominante no setor e a relevância de mercado da Eletrobras. Não seria surpreendente ver um aumento de ceticismo por parte de investidores estrangeiros com relação ao mercado brasileiro, especialmente com relação aos valores mobiliários das concessionárias de serviços públicos.
Por outro lado, caso este Conselho se posicione objetivando uma discussão construtiva com as entidades governamentais com vistas a alcançar termos mais equilibrados para a renovação das concessões, certamente surgiriam diversas consequências positivas para a Companhia.
Com efeito, a administração teria tempo para preparar os ajustes necessários da estrutura de custos das concessões que estão prestes a expirar. No mesmo passo, a Companhia estaria apta a negociar um acordo sob o qual ela não só receberia, durante o período remanescente, os montantes integrais em contrapartida da energia produzida sob as concessões existentes, mas também a adequada indenização pelos ativos de transmissão e geração não-depreciados.
A SKAGEN acredita que este Conselho considerará cuidadosamente a situação existente e agirá no melhor interesse da Companhia, conforme exigido pela lei. Neste sentido, a SKAGEN permanece à inteira disposição de V.Sas. para discutir os comentários mencionados acima mais detalhadamente, com vistas a auxiliar a administração da Eletrobras na adoção das medidas necessárias para evitar consequências adversas em decorrência da MP 579.
Nesse cenário, o objetivo desta carta é reiterar a este Conselho seu dever de agir em prol dos interesses da Companhia e não dos interesses do acionista majoritário ou de quaisquer outros interesses.
Os integrantes deste Conselho devem levar em consideração que sua falta de ação no estrito cumprimento de seus deveres fiduciários resultará em medidas pela SKAGEN objetivando a apuração da responsabilidade dos Diretores e membros do Conselho de Administração da Eletrobras.
Atenciosamente,
SKAGEN Kon-Tiki Verdipapirfond
SKAGEN Global Verdipapirfond
SKAGEN Global II Verdipapirfond
SKAGEN Global III Verdipapirfond
SKAGEN Vekst Verdipapirfond
SKAGEN Vekst III Verdipapirfond.



                                                                      Queda histórica de 20,08% em um único dia. No pânico o ativo ELET6 caiu 20,08% na data de 21/11/2012 e bateu o martelo no valor de R$ 7,84. A MP 579/12, por sinal é de 11 de Setembro, mesmo dia e mês da tragédia ocorrida nos Estados Unidos. A data parece ter sido escolhida a dedo pelo governo.


                                                                        Os dirigentes da Eletrobras não podem convocar assembléia para concordarem com a medida provisória número 579, por uma questão de ética. Um dos principais acionistas pessoa física da Eletrobras ou Eduardo Duvivier Neto, vai encaminhar uma queixa sobre a MP 579 e a possibilidade da companhia, controlada pela União, concordar com a renovação antecipada das concessões, agora em Novembro de 2012. O problema da estatal é este, a estatal pegar o dinheiro alheio e fazer mal uso dele, tudo com uma falta de ética espetacular, assombrosa e cruel. Quem confiou na empresa pode estar arrruinado. O caso, se a nossa Justiça funcionasse considerando a ética em todo o seu esplendor, iluminando a mais fina justiça,  é de responsabilidade pessoal ou responsabilidade com os próprios bens pessoais dos dirigentes da cestatal. Se existe o interesse governamental, existe o interesse econômico. As leis não podem romper as regras do jogo bruscamente, estamos vivendo um capitalismo ditatorial. O cidadão acima tem razão. A empresa não devia de negociar ações no mercado, assim, poderia fazer o que quisesse em termos.  





 

sábado, 10 de novembro de 2012

Pujança e miséria dos ativos MNDL3 e MNDL4 ou Mundial

 
















Divulgação do esmalte Impala da Mundial.
Uma bela foto
 
 

 
                                                                                        A empresa. A Mundial, fabricante de itens de cuidados pessoais, utensílios domésticos é uma empresa que permanece no mercado  por mais de um século. Ao longo de seus 115 anos, no início, foi fabricante de ferraduras para cavalos e artigos de cutelaria, até se consolidar na fabricação de produtos para cuidados pessoais, como os alicates que deixaram a marca conhecida. A empresa opera com três divisões voltadas para os mercados corporativo e de consumo: a linha Personal Care, que abrange alicates, tesouras, lixas e esmaltes, a linha Gourmet, de talheres, e a linha Fashion, voltada para a produção de aviamentos destinados às indústrias de confecção e calçados. Há ainda uma divisão menor, a Syllent, remanesceste da época em que a companhia fabricava motores elétricos e que consiste em produzir hidrobombas para utilização em banheiras e piscinas. A divisão Personal Care é a que mais colabora para o faturamento da empres. Um dos responsáveis pelo sucesso desta linha são os esmaltes da marca Impala, adquirida pela Mundial em 2008. A Argentina é o principal destino das exportações da Mundial, principalmente dos segmentos gourmet e personal care.

                                                                                       
 ...É algo assim, nós devemos mas temos muito para receber de nós mesmos...
                                                                                                   

                                                                         Na data de 19 de julho de 2011 a ação MNDL3 da Mundial fechou nos incríveis R$ 7,01 com alta de 14.92%. Nesta data se nós fizéssemos uma análise mais elementar do ativo como dividir o patrimônio pelo lucro líquido ou o famoso P/L nos encontraríamos um número bem superior a 100 ou em outras palavras qualquer dinheiro investido levaria mais de 100 anos para a recuperação do dinheiro, um absurdo. Empresas boas como a Petrobras e Vale muitas das vezes estão com o P/L abaixo de 10. Em razão desta análise simplória qualquer pessoa veria que se tratava de uma manipulação até grosseira levado a cabo por grandes investidores que compravam grandes quantias levando os incautos a entrarem no bolo e quando ele cresceu muito, certamente, estes investidores são os primeiros a saírem deixando os pequenos com os famosos micos nas mãos. Foi isto que aconteceu quando a coisa literalmente estourou três dias depois. O prejuízo para quem ficou a ver navios foi de mais de 86%, pois a ação foi parar nos R$ 0,69. Muitos entram nestes barcos furados imaginando que estão entrando em uma HGTX3, que alguns anos atrás era inexpressiva mas apresentou um sólido crescimento, o que ficou nítido na valorização vista por suas ações em 2009 +287,68% e 2010 +183,26%. O que o mercado dá, ele acaba tomando de volta, ao bater nos R$ 7,01, no outro dia, ou seja, em 20/7/2011 o ativo caiu 14,41% indo para R$ 6,00, no dia 21 caiu mais 34,75% e bateu o martelo em R$ 3,98 e para fechar com chave de ouro o precipício na data de 22 caiu os espetaculares 76,38% indo para R$ 0,98, o seu verdadeiro lugar ou na casa dos centavos. Foram três dias de choque de realidade.
                                                                                         
...Michael Lenn Ceitlin, Presidente da Mundial...





                                                                                          Polícia Federal e CVM na jogada. Nunca se esqueçam que esta suposta manipulação do ativo foi denunciada e a Polícia Federal esta na jogada, inclusive investigando o controlador da empresa. É um fato relevante que deve ser sempre sopesado na compra do ativo por aqueles que fazem swing trade. Só que este jogo é difícil de ser ganho pelos pequenos investidores, pelas sardinhas otimistas, algumas ganham,  nestas condições suspeitas. Nunca entre em jogo desigual, olhando o mercado pela Teoria dos Jogos. O agir corretíssimo, sempre, no superlativo absoluto sintético, é exigível.

...um novo projeto de comunicação com o mercado...


                                                                   


                                                                                     O relatório da polícia federal. A Polícia Federal acusa Ana Borges, Pedro Barin Calvet, Ferri, e Michael Lenn Ceitlin, este último presidente da Mundial, de formação de quadrilha, uso de informação privilegiada e manipulação de mercado. Ferri entra no ocorrido estrelando o papel de possuidor de 10 milhões de ações da empresa em 2010, por isso tinha ligações com o Presidente da Mundial. Este ato procedimental na apuração dos crimes esclarece que o plano de manipulação das ações da Mundial nasceu no término de 2010, quando Ceitlin e Ferri montaram um novo projeto de comunicação com o mercado.Tal plano segundo as investigações incluía a maquiagem dos fundamentos. A empresa endividada em 400 milhões de reais tinha em seus balanço créditos a receber no valor de 279 milhões da Hércules. Só que esta devedora, fabricante de talheres e utensílios de cozinha, é também  controlada por Ceitlin. É algo assim, nós devemos mas temos muito para receber de nós mesmos. Se for verdade este fato, a fraude é de exatos 279 milhões mais os rendimentos. Uma fraude milionária.  No informe financeiro constava que a Mundial estava recebendo cerca de 30 milhões de reais em um ano da Hércules relativos ao pagamento dos juros dessa dívida. No entanto, só um milhão de reais havia sido pago em um ano. Um milhão está distante anos-luz de 30 milhões. Como reforço na estratégia foi contratada a agência Compliance, de Ana Borges, para apresentar a Nova Mundial aos investidores. As melhoras da empresa foram divulgadas aos quatro ventos. Houve euforia e entusiasmo pelos desavisados. Houve reuniões, a primeira delas, intermediada por Clodoir Vieira, marido de Ana Borges, ocorrida na corretora Souza Barros no dia 6 de abril de 2011. Ali Ceitlin explanou como a Mundial aumentaria suas receitas, quitaria sua dívida para passar a fazer parte do Novo Mercado. Novo Mercado é o segmento mais transparente da bolsa. Continuando, segundo o relatório Ferri comprava e vendia a mesma quantidade de papéis da Mundial todos os dias, por meio de diferentes corretoras para aumentar sua liquidez diária. Não adianta termos um papel se ele não tem liquidez, se ela não é vendido com facilidade. O bom das ações é a liquidez diária, neste aspecto pode ser melhor que a poupança. No ano de 2011 a empresa soltou 123 comunicados ao mercado, em 2010 apenas 11. Pump and dump. Significa bombar e descartar, este método ou pump and dump pode ser considerado manipulação de mercado.  O dia em que as ações subiram 15%. No dia 18 de julho de 2011, a companhia anunciou que um fundo da gestora americana Yorkville Advisors investiria 50 milhões de dólares, no outro dia as ações subiram quase 15%. Ferri teria tido esta informação.

- Vamos colocar o plano em prática e aumentar a exposição









- Beijo, te cuida, e quero ver o milagre da multiplicação das ações.


(As mensagens trocadas por e-mail entre Rafael Ferri, fundador da Quantix, uma empresa de investimentos e a jornalista Ana Borges, sócia da agência de comunicação Compliance.)

                                                                                              Conversão do ativo MNDL4 no ativo MNDL3 em 29 de fevereiro de 2012. A empresa confirmou a conversão da totalidade de ações preferenciais da companhia em ações ordinárias, na proporção de 0,8 ação ordinária para cada uma ação preferencial.  De acordo com o comunicado, o dia 3 de março de 2012 será o último dia de negociações na Bovespa de ações preferenciais da companhia sob o código MNDL4, que será cancelado no final deste dia.
                                                                            


                                                                                               Primeiro trimestre de 2012. Mundial obteve prejuízo de R$ 4,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, frente a uma perda de R$ 6,2 milhões no mesmo período do ano passado. Com a desaceleração do setor industrial, a empresa viu uma menor demanda por seus produtos, sobretudo por seus clientes do setor de confecções. A receita líquida recuou 21%, para R$ 75,1 milhões.

                                                                                             Segundo trimestre de 2012. Reportou prejuízo líquido de R$ 2,55 milhões no segundo trimestre deste ano, 73,7% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. A receita líquida da companhia somou R$ 99,89 milhões, 20,8% acima da registrada no segundo trimestre de 2011. Culpou a piora do mercado mundial e o efeito sentido na economia interna brasileira.


                                                                                       Bolha do Alicate e esclarecimento das investigações. O aumento das ações da Mundial sem fundamentos foi apelidado de Bolha do Alicate. Só depois da absolvição dos envolvidos neste caso é que poderíamos comprar este ativo. As acusações são sérias. Se verdadeiras a empresa deveria de ser banida da bolsa. Entrar, pura especulação ou loucura. Este crédito da empresa Hérculees é nebuloso. A CVM demora muito, é um absurdo. O certo era o ativo ficar suspenso. O agir correto, é exigido em benefício dos minoritários. A CVM deveria de ter uma força tarefa para dar uma resposta rápida a casos enigmáticos como este. Este é um caso clássico que a análise fundamentalista também é suspeita uma vez que o papel e a pedra digital aceitam qualquer coisa, inclusive crédito de si mesmo, através de uma engenharia financeira. Assim, nem análise fundamentalista é confiável. Se a análise técnica tem as suas limitações, a fundamentalista pode estar contaminada pelo vírus da fraude. No fundo temos é análise superficialista.  A coisa está tão ruim para o ativo MNDL3 que ele na data de 9 de Novembro de 2012 bateu o martelo em R$ 0,16.
                                                                                 Reagrupamento. Na data de 4 de maio de 2013 o ativo fechou nos míseros R$ 0,09. Com o reagrupamento na proporção de uma ação multiplicada por cem, conta que vale para a data de 6 de maio de 2013, o pregão inicia-se neste dia com o preço em R$ 10,80. É a mágica da matemática, é a prova que um ativo pode cair infinitamente. O valor zero não é o infinito como muitos pensam e por meio da matemática podemos criar números próximos de zero de maneira infinita em relação a qualquer ativo cotado na bolsa de valores. Temos observado que um mico quando reagrupado geralmente volta a cair, inclusive, provoca novo reagrupamento com o passar do tempo. Novo centaviamento é bem possível uma vez  que valor de algo  é sempre lucro, governança corporativa, ausência de dívidas e outros fatores, características ausentes no case. Ninguém deve ficar impressionado com qualquer número e dizer, exemplificativamente, está em centavos, então, está barato demais. A frase é boa, o fundamento do discurso, péssimo. De qualquer maneira, quem especula com profissionalismo ainda consegue tradear nas ondas de alta e baixa destes ativos. Mas isto é para poucos, muito poucos.  Destarte, o risco é imenso. Se ocorrer valorização consistente e duradoura após um reagrupamento de ativos micados, é questão de exceção à regra.

 

Pujança e miséria dos ativo CMIG3 e CMIG4






Já valeu R$ 40,80 em 5 de março de 2012


                   obs: os valores ilustrados são do ativo CMIG4                                           

...leviatã é um demônio bíblico...

                                                                    A medida Provisória 579/12 ou um curto-circuito no ativo. Esta medida provisória foi um choque nas elétricas de uma maneira geral.  A companhia esperava receber mais de R$ 1 bilhão em indenizações pela não renovação de suas conceções, mas vai receber apenas R$ 285 milhões. A empresa não apresentou pedido para renovar as concessões das usinas hidrelétricas de São Simão, Jaguara e Miranda porque espera que o Congresso permita uma prorrogação dos contratos por mais 20 anos, conforme a legislação anterior à MP 579.

...ética é o impecável agir...
                                                                  

                                                                      Alterar as regras do jogo depois da partida começada ou a MP 579/12. O governo no intento de baixar o preço da energia editou esta medida no final do ano. Ela antecipa o prazo de algumas conceções. O mercado pode interpretar muito mal esta interferência governamental e afugentar investimentos. Em um primeiro momento abaixar tarifas funciona, no segundo tempo não. Pega mal alterar as regras do jogo enquanto ele está em andamento. Outro erro é que a alteração das regras é pra já, não há um período de quarentena razoável. O Direito como mercadoria abstrata deveria de proibir tais tipos de conduta por perda de conteúdo ético. Ético é tudo, Direito sem ética não existe. O Direito não passa de um burro lento seguindo a Ética pelos caminhos que ela já trilhou há séculos. Então, em resumo, Ética é o impecável agir e o Estado deve tê-lo, já que exige isto dos cidadãos. É prepotência governamental editar medidas provisórias. Este agir, é o estado vislumbrado por nosso mui querido pensador Thomas Hobbes como um demônio, como um leviatã. O brasileiro na verdade está na filosofia de Kant em que o Estado é cultuado como um Deus, no entanto, o Estado deve ser cultuado também como um demônio. É impossível a tese sem a antítese. A tese sem a antítese empobrece,não aperfeiçoa não enriquece com o ouro da antítese. Deus e o Demônio são complementares. São dois Ds maiúsculos. Nosso completo respeito. É inegável, o mundo tem um viés bipolar, pelo menos na linguagem. Quanto mais democrático um Estado o é, mais respeito ele tem pela antítese e a tendência pode estar escondida na antítese e não na tese. Uma bolsa cheia de dinheiro pode ser olhada de cima para baixo e não de baixo para cima. Na maioria das vezes o Estado trilha o caminho do crime através dos seus agentes e amparado por um burro, por um Direito Público que deixa muito a desejar. Quem acreditar na boa fé do governo em suas aplicações e investimentos sempre se haverá com os burros nágua

...a empresa é boa e o governo ruim...




                                                                           Dois dias elétricos. O choque elétrico da MP acima fez estragos. Nos dias 11 e 12 de Setembro de 2012 o bicho pegou, no primeiro foi queda de -10,23% para R$ 31,50 e no segundo -19,71% para R$ 25,29. Dia 9/11/2012 bateu o martelo nos R$ 23,47. Em 5 de Março de 2012 teve um topo nos R$ 40,80. Pode haver repique e muitos entram esperando neste patamar de R$ 23,00. Estas pessoas que compraram neste momento nadam contra a tendência fazendo o chamado swing trade. Há riscos, o buraco pode aumentar. Um detalhe, a empresa é boa e o governo ruim. Ninguém vive sem energia elétrica, é uma mercadoria valiosa e essencial, e, em expansão talqualmente o universo. O governo pode recuar, o Congresso pode assoprar, tudo pode acontecer.

...a tendência pode estar escondida na antítese e não na tese...
                                                                               Se atrás de morro há morro, atrás de ilegalidade há ilegalidade. Uma conversa que paira no ar é que o governo quer impedir as empresas que não renovaram de participar das licitações. Isso é extremamente ilegal. É ilegal em razão da empresa não cometer nenhuma ilegalidade em não renovar. Os iguais não podem ser tratados desigualmente  Esta prosa merece registro nesta pedra digital dado o seu absurdo jurídico, sua teratologia. O governo vai recuar e se alguém falou isso, negará.

...Deus e co Demônio são complementares...

                                                                    Continua algum dia destes...
 

sábado, 3 de novembro de 2012

Pujança e miséria do ativo MILK11, primeira parte




















Será que algumas pessoas acreditaram
neste ativo em razão de imagens
iguais a esta, por sinal, simplesmente louçã

...o ramo do leite é complicadíssimo...


O big bang do ativo em 2006. O mundo começou segundo os cientistas há uns 14 bilhões de anos atrás quando houve uma grande explosão conhecida por big bang. Por incrível que pareça toda a matéria que conhecemos estava concentrada em um espaço do tamanho de uma cabeça de um alfinete. Tanta energia concentrada em tão ínfimo espaço explica a violenta explosão, assim, podemos dizer que somos filhos de uma explosão. Por outro lado, se a terra como matéria é uma quantia infinitamente pequena, quase invisível e qualquer habitante menos ainda, temos de sentar na cadeira da humildade do nosso papel nesta explosão.  Desde então, outras explosões secundárias vêm ocorrendo mundo afora. Uma explosão, um acontecimento importante na economia brasileira foi o aparecimento do Sr. Marcus Elias no ano de 2006, isto por ter comprado as operações brasileira da Parmalat. O cidadão é conhecido por ser budista e pela prática de jiu-jitsu, isto sem falar no namoro com Naomi Campbell. A marca Parmalat às deveras é forte, aparantemente, foi uma grande compra, só que o ramo do leite é complicadíssimo, o adjetivo sempre tem que ser colocado no superlativo absoluto sintético, pois é uma cadeia envolvendo a vaca no pasto com as suas manhas até a fábrica com as suas dificuldades. Outro fato pouco lembrado no leite é que ele é considerado um setor arcaico no Brasil, ou seja, as dificuldades nesta atividade são grandes. O que quebrou a Parmalat não é só a incompetência dos administradores, pois ao lado das dificuldades já descritas temos a concorrência acirradíssima. Dê uma volta no supermercado e vejam as inúmeras marcas. A atividade do leite é uma arte de retirar leite de pedra, e não estamos exagerando. Não há romantismos, o pessoal está sempre a tentar colocar soda e água no seu, no nosso e no leite dele a todo o momento no negócio e quem coloca o seu nisto, quase sempre se dá mal. Falo e refalo isto em razão das euforias que surgiram em torno do ativo.

...Jamais conheci o fracasso. Todas as nossas tacadas foram certeiras, e isso vai se repetir com a Parmalat...(Marcus Elias ao comprar a Parmalat)

                                                                                               Dificuldades na recuperação de empresas. Só que recuperar empresas não é fácil. Imaginem a dificuldade, exemplificativamente, em relação a Justiça do Trabalho onde o trabalhador tem tratamento privilegiado. As dívidas na Justiça do Trabalho viram uma verdadeira bola de neve se os processos não forem bem cuidados e isto nem sempre acontece. Além disso, todas as empresas deixam esqueletos fiscais e as fazendas públicas, outrossim, também tem tratamento privilegiado e suas multas e outros encargos são assustadores. Pessoalmente, acho quase impossível sanear estas empresas cumprindo todas as obrigações legais em um país chamado Brasil. Não seria melhor começar do zero uma empresa, uma explosão econômica?  A recuperação judicial como saída jurídica para a empresa é demorada e cara. Um simples despacho pode demorar meses para ocorrer.

                                                                  

                                                                         O BNDES e o ativo. Em 2011, o BNDES colocou 700 milhões de reais na criação da LBR, uma das maiores produtoras de leite do país. A empresa, dona das marcas Parmalat, Poços de Caldas e Bom Gosto, entrou em apuros a ponto de tirar de linha um terço das marcas e fechar 11 das 31 fábricas.
A LBR recorreu à recuperação judicial em 15 de fevereiro. O banco já informou que deu baixa contábil de 865 milhões de reais, referentes ao prejuízo com o in­ves­timento frustrado. O revés soma-se a outros que levaram o BNDESPar a fazer provisão de 3,3 bilhões de reais contra perdas em 2012 — no acumulado des­de 2008, são 4,6 bilhões reservados.

                                                                            LAEP. O cidadão Marcus Elias pertencia ao mercado financeiro até o ano de 1994, e depois resolveu criar um fundo, uma gestora para recuperar empresas em terríveis dificuldades financeiras ou a LAEP que significa  Latin America Equity Partners. Certamente, se nós fundamos uma gestora para recuperar uma empresa precisamos de dinheiro, de muito dinheiro ou de sócios. Um dos meios é abrir o capital deste fundo na bolsa de valores e isto foi feito para recuperar a Parmalat.e outras empresas sob o código MILK11. Alguns investidores ficaram em êxtase, acreditaram, piamente, no leite e caíram de cabeça no novo ativo disponível na bolsa. O investidor deve prestar atenção ao número 11 na bolsa, sem preconceitos mas deve tomar tento. Não existe uma regra específica para o tipo de papel negociado com o número 11. O mercado usa o número 11 para BDRs ou Brazilian Deposit Recips ou em português Recibos de ações de empresas estrangeiras negociadas na bolsa brasileira e para Units ou papéis compostos por mais de um ativo, mas comprados e vendidos como uma unidade. Uma Unit pode ser composta por várias combinações de diferentes tipos de ações. Uma ação preferencial e duas ordinárias, 3 ordinárias e duas preferenciais, é a empresa  quem define.


 ...houve o milagre do sumiço do dinheiro dos acionistas de oito reais, valor do lançamento, para pouco mais de cinco centavos...
                                                                           


                                                                5/8/2012 ou a ameaça de fechar o capital do fundo. A Laep afirmou nesta data que fará uma oferta de aquisição de ações com a finalidade de fechar o capital da companhia, de acordo com comunicado enviado à CVM. A empresa oferecerá aos titulares das ações o valor de R$ 0,517, o que representa um prêmio de 10% sobre o preço médio de fechamento dos papéis nas cinco semanas anteriores ao anúncio. O pagamento será feito à vista. De acordo com a Laep, o preço ofertado também é maior do que o obtido por dois laudos de avaliadores independentes que ainda devem ser publicados. Os investidores estão indignados, muitos furiosos,  e com muita razão, se isto ocorrer o controlador dará um prejuízo imenso aos acionistas que receberão centavos por aquilo que pagaram caro, muito caro. Algumas pessoas estarão arruinadas. Ações brotam nos tribunais contra este fundo que tem sede nas Ilhas Cayman. Não nos esquecemos da matemática como verdade. Nessa conversa de fechar o capital não podemos esquecer que o valor do ativo foi multiplicado por dez recentemente ou por outras palavras na verdade o fundo só está pagando pelo ativo só a quantia de R$ 0,0517 que é a divisão do valor oferecido por dez fazendo o caminho de volta, matematicamente ou ainda, por outras palavras o ativo vale alguns poucos centavos. Ou seja, houve o milagre do sumiço do dinheiro dos acionistas de oito reais, valor do lançamento, para pouco mais de cinco centavos. Há uma distância considerável, matemática,  entre cinco centavos e oito reais. O filósofo Pitágoras e os números como verdade. A maioria das pessoas imagina que o valor de uma uma ação ou de um número possa subir ad infinitum. É uma verdade teórica válida, o que muitos não sabem é que um número pode cair ad infinitum. É uma verdade que muitos se recusam a aceitar. Agora, pensem, uma ação chega ao limite crítico, ou seja, em R$ 0,01 e você afirma., como muitos já afirmaram, agora é impossíve levarmos prejuízo. Só que o controladores podem agrupar o ativo em 100 e teremos a ação valendo R$ 1,00 e se voltar a valer R$ 0,50 estará dando cinquenta por cento de prejuízo, se você|ê investiu cem mil reais ter´sa cinquenta mil reais. A operação de grupamento pode ser feita ad infinitum e o prejuízo por isso mesmo pode ser ad infinitum e isto pode ser ad aeternum. Não é à toa que Pitágoras ao conhecer os números  ficou encantado com eles e chegou a dizer que eles são o princípio  de tudo. Acreditamos que apenas aproximamos da verdade e uma maneira de fazermos isso é matematizarmos o mundo. Análise técnica e análise fundamentalista são apenas a busca com metodologia  por números, dos números passados. Números passados não são números futuros. Certamente, os números passados espelham prováveis números futuros, o que desce tem uma tendência, o que sobe outra tendência, todas elas possíveis de serem transformadas em números.

                                                                             
                                                            Agora em Dezembro de 2012, uma mensagem de um forista que merece ser lida:

                                                            Bom dia amigos,

gostaria de dividir com todos os acionista minoritários da LAEP (MILK11) algumas informações que julgo necessárias em face aos últimos movimentos realizados pela direção da empresa, onde foram destituídos todos os diretores e conselheiros brasileiros em prol de um fundo com sede em Cayman Islands e um outro de procedência desconhecida, além do recente aumento de capital e consequente emissão de novas ações antes que a CVM se pronunciasse acerca da OPA proposta pela própria empresa há 4 meses.
A LAEP tornou-se pela primeira vez na história uma empresa sem pátria, já que tem todos os seus sócios e ativos no Brasil mas insiste em se declarar empresa Bermudense apesas de ter pedido isenção fiscal naquele paraíso fiscal, lá declarando-se empresa estrangeira, fato que já foi comunicado e documentado junto a CVM.
Não tenho a intenção de com isso gerar desconforto qualquer a acionistas ou pessoas ligadas a LAEP ou promover qualquer ação pelas pessoas envolvidas na gestão da empresa mas tão somente dividir informações e a minha opinião particular com todos vocês, o que julgo pertinente e sem prejuízo a ambas as partes se essas têm por bem gerar valor ao acionista, motivo pelo qual as empresas de capital aberto existem.
As informações que tenho, e que casam perfeitamente com os últimos movimentos anunciados pela administração da LAEP e já mencionados acima e que em nada acrescentam aos acionistas minoritários, muito pelo contrário, são que a empresa pretende, até o final da próxima semana, anunciar o fechamento de capital e consequente cancelamento dos BDRs antes que a CVM possa se pronunciar acerca da OPA proposta. Ela estaria assim passando por cima dos conceitos de regulação de mercado, concorrência de mercado e soberania do mercado de capitais brasileiro, além de contrariar toda a legislação nacional e prejudicar os seus mais de 18.000 acionistas. E por que ela faria isso? Vêm as explicações:

- a LBR recebeu proposta de compra total de uma grande empresa européia do setor de R$ 2,8 bilhões, provavelmente a empresa holandesa FrieslandCampina, oferta essa que está sendo negociada junto a GP Part., sócia da LAEP na Monticiano, e intermediada há meses pela Signaturta Lazard, braço da Lazard Ltd no Brasil, uma das maiores empresas de M&A do mundo. A GP teria pedido R$ 3,7 bilhões. Aos acionistas da LAEP caberiam algo em torno de R$ 800 milhões ou R$ 20,00 por BDR pela transação, coisa que o Sr. Marcus Elias, controlador por estatuto com apenas 3% das ações, decidiu por não dividir com aqueles que patrocinaram por 5 anos a empresa nela investido mais de R$ 1,2 bi, os minoritários que detêm 97% do capital.
- serão criadas novas empresas ou fundos no exterior, provavelmente no Panamá ou em Cayman que se fundirão ou incorporarão a LAEP com o único intuito de blindar o seu controlador para que o mesmo possa embolsar todo o fruto da transação, fugindo ao alcance da CVM e da Justiça brasileira, que não é ágil em julgar processos dessa complexidade.
- a empresa já sabe, pois já foi informada pela CVM, ainda que informalmente, que a OPA nas condições propostas não seria aceita, e que por decisão da CVM, seria imposto a empresa o pagamento mínimo de R$ 4,50 por BDR (média dos últimos 12 meses) e possivelmente a exigência de aderência mínima a proposta de 2/3 dos acionistas, o que a direção da LAEP percebeu seria muito difícil de alcançar frente a indignação dos minoritários que hoje detêm mais de 96% do capital da empresa e estão dispostos a exigir os seus direitos garantidos por leis e instruções da CVM.

Frente ao que acabei de mostrar o Sr. Marcus Elias apoiado pelo Sr. Rodrigo Ferraz (cidadão com inúmeros processos na esfera civil bem como na CVM)decidiram por provocar a renúncia dos outros conselheiros e diretores, por eles anteriormente nomeados, contrários ao movimento que está sendo arquitetado ou não, e seguir com o descrevi acima. Como entendo que isso será, se ocorrer, um grande retrocesso para o mercado de capitais brasileiro, para a imagem da CVM e da BVM&FBovespa e acima de tudo, definitivamente prejudicial a todos os acionistas da empresa decidi divulgar o que sei. Cada um tome as decisões que julgar necessárias e mais uma vez ressalto que a minha foi a de dividir com todos o que sei e alertá-los afim de evitar que sejam surpreendidos por esse ardil que muitos poderão chamar de "golpe".
Atenciosamente, Gunnar.



...ruído=fato aparentemente relevante que faz um ativo subir momentaneamente e que propicia especulação de curto prazo...
                                                                          Resumo do ano de 2012. Bateu o martelo em 28 de Novembro de 2012 valendo a quantia de R$ 0,49 com queda anual de -88,86%. No ano de 2011 a queda foi de 93,71% e fechou nos R$ 0,44. Os valores de 2011 e 2012 estão próximos em razão de um grupamento de ações ocorrido em abril de 2012 quando de R$ 0,29 o ativo passou a valer R$ 2,90. Sem o agrupamento que acaba confundindo, ele fechou na verdade valendo menos de R$ 0,05. O número de ações, com o agrupamento passou de 416 milhões para pouco mais de 41 milhões. Neste ano a empresa só apresentou uma notícia boa, na verdade, um ruído, ou seja, que tinha conseguido se livrar de multas de 1,4 bilhão aplicadas à Parmalat o que ensejou uma alta logo corrigida pelo mercado.  Outro ruído digno de nota foi a troca do CEO por Luiz César Fernandes.

                                                                          Os minoritários a Deus dará em 2012. Outro fato que deveria de ter tido destaque na imprensa foi a articulação dos minoritários para processarem este fundo alegando que na verdade se trata de uma esquema na bolsa para arrecadar dinheiro e sumir com ele causando grandes prejuízos  aos minoritários. Infelizmente, a imprensa comum e nem a especializada nem discute este fato relevante. Pelo menos uma discussão merecia, já que muitos investidores faliram acreditando neste ativo. Isto é um exemplo, um caso clássico de que a bolsa brasileira não protege devidamente os minoritários e estes nem contam com a solidariedade da imprensa. Diretores destes fundos recebem rios de dinheiro e ações ou BDRs  como bônus, mesmo havendo prejuízos,  ou seja, os minoritários, na maioria das vezes,  só entram com os prejuízos e, depois ficam mendigando informações. A CVM pouco faz em favor dos minoritários, um cargo de confiança do governo.


                                                                          15 de Fevereiro de 2013, mais um golpe contundente no ativo. A Monticiano Participações era detentora da marca LeitBom e no ano de 2011 se uniu com a Monticiano Participações detentora da marca Bom Gosto de Wilson Zanatta e formaram a LBR. Na LBR entrou o nosso bondoso BNDES com 30% de participação ou com 700 milhões dos
contribuintes brasileiros. A LAEP, negociada na bolsa sob o código MILK11 ficou com 25% do grupo e levou a marca Parmalat para a fusão. Outro participante desta empreitada foi o fundo GP Investimentos, negociado sob o código GPIV11 na bolsa. A LBR formada desta fusão nunca deu lucros e agora entra com recuperação judicial. Se havia alguma esperança para os investidores do ativo MILK11 elas certamente diminuíram substancialmente, aliás o ativo já não tinha nenhuma credibilidade na bolsa há meses. Como a esperança é a última que morre talvez este fato ceifa de uma vez qualquer esperança remota na recuperação do ativo MILK11, um dos piores que o investidor pode escolher na bolsa, há outros. Esta derrocada já era prevista, empresa vive de lucros, algo que a LBR nunca viu em nenhum trimestre. O total de investimentos de todos os envolvidos é de 2 bilhões de reais, indo para o ralo. Com a economia do Brasil dando sinais de cansaço ou por outras palavras o pibinho de 2012 em torno de 1%, como prova contundente, ainda, com a circunstância agravante deste ano ter se caracterizado economicamente por forte intervenção desastrosa do governo na economia, assustando todos os investidores, podemos dizer que esta recuperação judicial será difícil. Este fato é um forte indício que a economia brasileira não anda às mil maravilhas como muitos pensam e o governo tenta inocular na cabeça de todos como lavagem cerebral. A intervenção do governo em 2012 pode deixar o Brasil de joelhos daqui a alguns anos. Bilhões e bilhões dólares fugirão do país ou deicxarão de ser aplicados na economia temendo coisas como a medida provisória numero 579/2012. Alguém em sã consciência deveria de avisar a dona Dilma que brincar com a economia é brincar com nitroglicerina pura. A regra é simples, simplória, não se muda as regras do jogo depois dele começado. A Argentina, com as loucuras iniciadas pela Guerra das Malvinas de 1982, é um caso clássico do que não se deve fazer  na economia. A última loucura dos nossos hermanos foi o caso da Repsol. Segundo um estudo histórico o país vem em decadência desde meados do século XIX. Eles já foram uma espécie de Suiça da América do Sul. Abram os olhos com quem nos governam e onde está investindo o seu dinheiro.


                                                                             Recuperação judicial em 15 de Fevereiro de 2012 eo BNDES. A LBR recorreu à recuperação judicial em 15 de fevereiro, assim, fica consolidade quase que totalmente a derrocada do ativo, a sua miséria total, e a pujança, alardeada pelos eufóricos,  foi apenas um sonho dos românticos. O BNDES noticiou logo depois que deu baixa contábil de 865 milhões de reais, referentes ao prejuízo com o in­ves­timento na LBR. O revés soma-se a outros que levaram o BNDESPar a fazer provisão de 3,3 bilhões de reais contra perdas em 2012,  no acumulado des­de 2008, já são 4,6 bilhões reservados. Destaco o BNDES neste trecho em razão de fazer um alerta para onde está indo o dinheioro do contribuinte. A filosofia do BNDES é defendida por alguns que citam o Korean Development Bank criado em 1954 para retirar a Coréia do Sul da pobreza. Só que lá o dinheiro público só ia para projetos inovadores, principalmente no setor eletrônico, aqui no Brasil basta um bom projeto. O grupo JBS já tomou bilhões do nosso banco, juntamente com outras empresas sem nenhum critério claro de concessão do dinheiro público e, com certeza nos próximos anos o banco em questão levará outros bilhões de prejuízos. O grupo JBS por incrível que pareça entrou no setor de celulose e acabou de inaugurar uma das maiores fábricas do mundo em Três Lagoas no Estado de Mato Grosso, um setor muito concorrido, com várias empresas amadurecendo os seus investimentos na área no mundo todo e, para piorar as coisas com o preço da celulose em baixa, ou seja, mais do mesmo, sem nenhuma inovação. Assim, não só o dinheiro público entrou na roda como o de milhares de investidores que dificilmente recuperarão o seu dinheiro. O Brasil poderá quebrar feio em um futuro próximo (leva anos) se o governo não mudar o rumo da economia enquanto é tempo, teremos saudades dos anos 70 e 80. A imprensa deveria de denunciar o BNDES, uma ação civil pública seria de bom tamanho para investigar a instituição.
                                                                                     

                                                                                Continua...