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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A grandeza do super-homem ou amor fati






Filósofo alemão Friedrich Wihelm Nietzsche,
15.10.1844-25.8.1900: Será o Homem um erro de Deus,
 ou Deus um erro dos Homens?



...nos nossos investimentos vejo que temos uma tendência em sairmos da realidade...


                                                           O filósofo alemão Nietzsche nascido no ano de 1844 e morto em 1900, legou-nos uma filosofia que entendemos ser perturbadora, faz-nos refletir e muitas das vezes consegue abalar nosso pensamento. Digo que é necessário estudarmos Nietzsche, algo como ler a antítese das idéias fixas da sociedade em forma poética.

                                                           A expressão amor fati foi empregada como fórmula da concepção nietzschiana  do super-homem ou é, por outras palavras, a atitude própria do super-homem. E qual é esta atitude?  podemos extrair de sua obra o seguinte pensamento que explica bem isto de forma contundente:


                                                            Não querer nada de diferente do que é, nem no futuro, nem no passado, nem por toda eternidade. Não só suportar o que é necessário mas amá-lo.


                                                               Amor fati também é a fórmula do seu espírito dionisíaco explicado por ele mesmo:

                                                              
                                                                 ...enquanto aceitação integral e entusiástica da vida em todos os seus aspectos, mesmo nos mais desconcertantes, tristes e cruéis..."

                                                                   O homem é uma corda esticada entre o animal e o super-homem, uma corda sobre o abismo.

                                                                   Friedrich Nietzsche não era político, sem embargo disso acusam o seu pensamento de servir de base para o Nazismo alemão na tese da superioridade da raça ariana, do alemão autêntico. O conceito de super-homem expressado na fórmula amor fati vem se desenvolvendo há séculos. O pensador Luciano referia a Jesus Cristo como o super-homem e Ariosto empregou o termo como uma humanidade extraordinária. Não foi nem Nietzsche quem introduziu o termo super-homem na Alemanha e sim por Heinrich Muller e usado pelos escritores do romantismo deste país como Goethe em sua obra monumental Fausto.

...espírito dionisíaco é a aceitação integral e entusiástica da vida...

                                                                      Em nossa vida é de bom alvitre aceitarmos os fatos, não olharmos para trás sistematicamente. Isto fortalece e coloca o homem de carne e osso com os pés na realidade, é uma espécie de amor, um amor fati. Nos nossos investimentos vejo que temos uma tendência em sairmos da realidade ou viajarmos na maionese, isto por desespero, não gostamos de perder. Na verdade a não aceitação da realidade refletirá negativamente no futuro e o ser começará a se perder no presente, no passado e futuro, um ciclo vicioso de destruição se formará em sua volta. Por outro lado, entendemos que esse homem ideal deve ser esquecido, leva ao racismo e a concepções anti-democráticas. O amor fati pode ser encarado como um remédio amargo para a alma, se não tomarmos este remédio espiritual podemos ir até ao óbito.


                                                                   Nietzsche ao lado de ser um filósofo é um poeta, um escritor que sabia usar as palavras com ênfase e daí a contudência de seu pensamento e o perigo de sua filosofia cair nas mãos erradas. Pelo que conhecemos dele podemos afirmar que ele sofreu muito, achacado por uma sequela de uma sífilis, morreu novo, foi discriminado pelos filósofos da época, sem esposa, filhos ou outras pessoas. Mas era um homem entusiasmado pela vida e que acreditava nela, a tese que temos é que ele mesmo tentava ser este super-homem, projeto em que fracassou. Seu pensamento é chocante com a realidade escancarada de maneira cruel, mas otimista. Se opõe a Schopenhauer em que a crueldade da realidade é apresentada com pessimismo. Via a política da época, bem como, a religião e a moral apenas como máscaras da sociedade e sempre tratou de desvendá-las em sua filosofia com uma crítica estarrecedora. Se Platão, Kant e Cristo foram teses, Nietzsche é a antítese que merece ser olhada ou é o próprio demônio que temos neste blog concebido apenas como uma antítese inofensiva ou adolescente. Ninguém fica falando isso por aí mas sabemos que Cristo foi espinafrado por Nietzsche, coisa horrorosa para um Cristão, contudo, a antítese enriquece as teses. Ninguém se interessa por nós, se Nietzsche, a antítese, se interessou pela tese Cristo significa que ambas tem relevância uma para a outra, aliás, ninguém chuta cachorro morto, em breve mostrarei o texto neste blog em que Nietzsche espinafra Jesus Cristo com todo o gás queimado. Enfim, aí está o seu  grande mérito ou ser polêmico que é igual a olhar também para a antítese, o certo é que é difícil encarar a antítese. O mais difícil no mundo é fazer as pessoas  acreditarem na antítese, na verdade só gostamos das teses. Tome tento, pode ser sinal exterior de loucura não aceitar idéias contrárias.

                                                    
                                                                   De qualquer maneira a sua filosofia ajuda-nos a compreendermos a realidade e um pouco deste mundo mesmo não concordando com ela. Se os nossos olhos não se cansam de ver, o nosso cérebro não se cansa de meditar...


                                                                      Com a palavra Nietzsche:

                                                                      - O padre está mentindo;

                                                                       -Da escola de guerra da vida: o que não me mata, torna-me mais forte;                                                                       

                                                                       -Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar;
                                                                        

                                                                       -Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura;

                                                                        -Acautela-te quando lutares com monstros, para que não te tornes um;

                                                                        -Quanto mais me elevo, menor eu pareço aos olhos de quem não sabe voar.

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