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domingo, 20 de novembro de 2011

Pujança e miséria do ativo SANB11 ou Banco Santander










As units em Outubro de 2009 saíram na bolsa
 por R$ 23,50. Agora em 18/11/11 acham-se nos
míseros R$ 13,16




...há  notícias que créditos foram estendidos a contumazes caloteiros...
                                                                            O Santander. Possui 2.395 agências, 54.000 funcionários, 376 bilhões em ativos e é o terceiro maior banco brasileiro. Adquiriu o ABN Anro por 11 bilhões de euros. O Itaú adquiriu o Unibanco por causa do avanço do Santander. O Santander do Brasil é cerca de 25% dos negócios do banco no mundo, por este número temos uma ideia da força do Santander no Brasil.

                                                                             O IPO da esperança. As units foram ofertadas em Outubro de 2009 pelo valor de R$ 23,50. O valor do ativo nunca decolou, na data de 8 de Novembro de 2010 fechou no valor de R$ 25,95 e depois de um pequeno auge só fez cair e na data de 18/11/11 fechou em R$ 13,16. O IPO levantou R$ 13 bilhões, foi o recorde brasileiro em IPO que ainda não foi bastido. Na época o banco ofereceu aos investidores um plano de investimentos agressivo que poderia atropelar a concorrência. Tudo isso são miragens, bancos como o Banco do Brasil, Itaú e Bradesco não são facilmente derrotados no mercado brasileiro. Estas casas possuem melhor experiência e tradição.

                                                                             O fantasma da inadimplência. Ninguém gosta de ler isto, contudo a fictícia pujança brasileira entre outros fatos é devida ao aumento do crédito. Mormente, após a crise de 2008, o governo temendo uma recessão violenta iniciou uma onda de aumento  de crédito através de seus bancos oficiais, movimento depois seguido por outros bancos. O crédito passou a ser deferido sem maiores critérios, há notícias que ele foi estendido aos contumazes caloteiros. O resultado está no 3T11 do Santander que aumentou a sua provisão. O que é provisão? Uma reserva bancária, um dinheiro destinado a cobrir futuros casos de calote.

                                                                             O fraco terceiro trimestre de 2011. Um banco ter um bilhão e seiscentos milhões e quarenta mil reais de lucro líquido nos meses de Julho, Agosto e Setembro/2011 deveria de ser uma boa notícia. Seria se no mesmo período do ano passado não se constatasse uma diminuição deste lucro de 6,9%. O retorno sobre o capital investido conhecido como ROE diminui para 15,4%. Com a crise europeia os resultados podem piorar muito, esta é a realidade no meu entendimento em razão da inadimplência começar a aumentar como efeito europeu.
                                                                           

                                                                            A notícia fantasmagórica que o Santander vai usar a filial brasileira para se capitalizar circulada em Novembro/2011. Investimos em ações tão somente para duas coisas, recebimento de dividendos justos e contemplarmos o ativo se valorizar pelo menos razoavelmente nos confins do tempo. Agora, em Novembro/2011, o Banco diz que vai ofertar units no mercado em torno de R$ 310,8 milhões, mais de 8% do capital. Units é quase o mesmo que ações, a oferta é chamada de secundária em razão de já ter feito a oferta primária quando abriu o capital na bolsa de valores. O que isto significa? Significa que o Santander na Europa está em dificuldades e usará a filial brasileira para se capitalizar aumentando o número de ações, por conseguinte, mais ações no mercado, maior pressão vendedora. Nunca se esqueça que o percentual de units do banco é de 18,2% e o banco fez compromisso de ter 25% até o ano de 2014, ou seja, aumento de capital com o aumento do número de ativos em circulação pode ser desastroso para o valor do ativo. Aprendemos que aplicar em bolsa é complexo e surreal, o investidor está sempre sujeito às intempéries, inclusive, as de outro continente. Em tais situações o bom é somente o caso daquele investidor que comprou por um bom preço, recebeu dividendos e vislumbrando estas coisas tortas cai fora em momento oportuno, sem olhar pra trás. Não importa se o ativo, posteriormente, suba. A inadimplência no período subiu para 6,7%, no mesmo período do ano anterior era de 6.1%. A inadimplências no Brasil é esperada, não se esqueçam que muitas pessoas e empresas tomaram empréstimos sem maiores critérios. O normal é uma inadimplência em torno de de 3%.

                                                                           Um bom ativo. Se compararmos este ativo que não anda bem das pernas com outros da bolsa, este ainda é muito bom, não oscila muito, caiu lentamente oportunizando saída. Ficou quem quis e acredita em uma recuperação. Por enquanto, até o final de 2011 não acredito.
                                                        
                                                                            Novembro/11. A Standard & Poor´s cortou a nota da filial brasileira. O presidente mundial do Santander Emílio Botin acredita que diante do cenário global não é recomendável nenhuma estratégia agressiva ou é melhor pisar o pé no freio. Concordo com ele, na Grécia já está ocorrendo corrida bancária neste mês, fato inimaginável alguns anos atrás.




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